Como um gato

Nelson Tucci

O carro é esperto. O torque de 16,5 kgfm em um motor 1.6 com 128 cv o deixa em vantagem em toda saída de semáforo, por exemplo. A resposta é rápida e o câmbio automático de 6 marchas não compromete a agilidade. Nos itens agilidade e potência o HB20X está bem servido.

Concebido para rodar na cidade, é fácil de estacionar. Além de um tamanho reduzido, tem direção assistida e, ao desligar o motor, os retrovisores se retraem (protegendo-os contra motoqueiros desavisados e motoristas nem sempre bons de cálculos). Falta uma câmera de ré, é verdade, mas os sensores de estacionamento ajudam na manobra. Tem assistente de subida também, trazendo conforto ao motorista.

Internamente é bonito: bancos, revestimentos e painel tudo em cima. Possui volante multifuncional, entrada USB e um ótimo ar condicionado. Tem as limitações de um carro pequeno, mas o conjunto agrada. O porta-malas é de 300 litros, mas os bancos traseiros rebatem, criando um bom espaço para quem precisa transportar uma bike internamente, por exemplo.

Externamente o HB20X tem um charme irresistível. Por isso não convém dar mole e deixá-lo estacionado na rua. Mais que olho gordo, pode ser vítima dos amigos do alheio de bom gosto. As seguradoras que o digam.

Pelo porte do veículo, imagina-se que o HB20X possa ser econômico. Engano. É ágil, tem arranque, mas o motor consome razoavelmente bem. Na cidade fez a média de 10,7 km/l em um trânsito paulistano normal, em dia de semana (com 3 pessoas). E na estrada obteve média de 12,3 km/l, rodando vazio, a gasolina, mas com o ar condicionado ligado. Pudera, com um calor senegalês, acima de 29°, não teve jeito. E com o ar acionado, o motor cai um pouco. Anyway… quem prefere um carro pequeno e nunca dirigiu o modelito da Hyundai, bem que poderia fazer um teste drive.

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HB20X: volante multifuncional, entrada USB e um ótimo ar condicionado