Capacidade ainda está ociosa
Nelson Tucci
O Brasil tem capacidade de produzir 4,5 milhões de veículos por ano mas a volatilidade do mercado, nacional e internacional, tem mantido uma expectativa modesta de crescimento. Para este ano, por exemplo, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já declarou esperar crescimento de 3%, sobre o ano de 2022, o que daria uma produção de 2,2 milhões de autoveículos (em números redondos).
Os híbridos e elétricos são cerca de 160 mil rodando pelo país, dos quais 70% estão na categoria híbrido. Apesar do avanço na fabricação de veículos, a infraestrutura do país não acompanha a velocidade. Em termos de Brasil, os eletropostos ainda formam uma pequena rede. No balanço de agosto último eram contabilizados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABCE) 3.800 postos públicos/semipúblicos.
O vai-não-vai da economia anima alguns setores, mas no caso de caminhões (responsáveis pela movimentação de mais de 60% de toda carga em território nacional), a marcha é reduzida. De acordo com o setor, houve antecipação de compra em 22, o que deixa este ano bem anêmico. De janeiro a julho, por exemplo, foram produzidas 54 mil unidades, o que, comparada a igual período do ano passado, mostra queda de 36%…
Sobre o preço do petróleo sobram incertezas, em razão dos conflitos no Oriente Médio, e isto afeta diretamente a aquisição de veículos bem como outros segmentos da economia. Mesmo com uma ociosidade geral, de pouco mais de 50%, os fabricantes de automóveis acreditam que “não há motivos para comemorações, mesmo porque não houve crescimento em setembro, mas o ritmo de vendas apresentado nos últimos meses afasta o temor de que ocorreria uma forte retração com o fim do programa descontos”, declarou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, durante a última apresentação do balanço mensal setorial à imprensa, no início do mês.
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