Edição 351Abril 2024
Terça, 07 De Maio De 2024
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Publicado na Edição 333 Outubro 2022

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Caminhoneiros rejeitam preço do combustível

Profissionais avaliaram as principais condições de trabalho relativas à profissão

Caminhoneiros rejeitam preço do combustível

Nelson Tucci

A plataforma Clube da Estrada realizou estudo inédito, entre os meses de junho e julho, com 1.150 caminhoneiros de todo o Brasil. Os profissionais avaliaram as principais condições de trabalho relativas à profissão. Classificando com nota 1,7 de um máximo de 5 pontos, a primeira edição do Índice de Satisfação dos Caminhoneiros nas Estradas identificou que o preço dos combustíveis gera a maior insatisfação entre os motoristas, registrando nota média de 0,9 ponto.

Os caminhoneiros também avaliaram, com notas de 0 a 5, sete temas considerados pelo Clube da Estrada como primordiais para o bom exercício da profissão. A partir dessas notas, chegou-se a uma média entre cada tema e, posteriormente, à média geral que resulta no Índice:

. Preço do Combustível: 0,92

. Segurança nas Estradas: 1,49

. Condição das Estradas: 1,73

. Condição e disponibilidade de Pontos de Parada e Descanso: 1,84

. Volume de Trânsito: 2,0

. Preço do Frete: 2,0

. Carga Horária de Trabalho: 2,4

Com relação ao Preço do Combustível, 52% dos caminhoneiros avaliaram com nota zero o atual patamar de preços. Outros 38% avaliaram com notas 1 ou 2, resultando na pior média entre os temas abordados. Recente pesquisa do próprio Clube da Estrada já detectou que 52% dos caminhoneiros gastam acima de R$ 10 mil com diesel e 55% rodam mais de 9 mil quilômetros pelas rodovias do país todos os meses.

A Segurança nas Estradas é o segundo fator que mais insatisfaz os profissionais da categoria, com notas baixíssimas: 20% de notas zero, 30% de notas 1 e 35% de notas 2. Um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística apontou que, no ano passado, o prejuízo com roubo de cargas passou de R$ 1,27 bilhão, reforçando que o tema está entre as principais preocupações dos caminhoneiros.

“No dia a dia escutamos várias queixas dos caminhoneiros e esse resultado comprova essa insatisfação geral. Nós aqui do Freto ficamos muito preocupados com o índice de segurança nas estradas. Quando falamos de Humanologística, de uma logística feito por pessoas para pessoas, isso passa pelo respeito e pelo senso de segurança deles. Temos que trabalhar coletivamente com instituições públicas, privadas, associações de classe e governo, para melhorar essas condições”, afirma Thomas Gautier, CEO do Freto, logtech mantenedora do Clube da Estrada.

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