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Publicado na Edição 292 Maio 2019

Acervo FAMS

A literatura como refúgio

Manoel Herzog: “Não traço plano de escrever; vou escrevendo uma história aleatória e o enredo vai surgindo, como se o livro estivesse pronto em algum lugar e eu o fosse buscando”

A literatura como refúgio

O advogado e escritor várias vezes premiado Manoel Herzog foi entrevistado pelo Programa Memória-História Oral da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS) em 4 de maio de 2017. Na entrevista, gravada no estúdio da Universidade São Judas, Campus Unimonte, Herzog lembra, entre outros assuntos, quem eram seus ídolos na infância: “Além de ser o mais novo da escola, eu era péssimo em futebol. O meu refúgio era a literatura, e meus heróis da infância eram José Mauro de Vasconcelos, Jorge Amado, Chico Buarque, Aldir Blanc…”.

MANOEL Herzog Chainça nasceu em Santos a 24 de setembro de 1964, e em 1987 estreou com a publicação do livro de poemas “Brincadeira Surrealista”. Cursou Direito na Universidade Católica de Santos. Entre as obras mais conhecidas de Herzog estão os livros “A jaca do cemitério é mais doce” (romance, Alfaguara, 2017), “Dec(ad)ência” (romance, Patuá, 2016), “Sonetos D’amor em branco e preto” (poesia, 2016, Prêmio ProAC 2015); “O evangelista” (romance, Patuá, 2015), “A comédia de Alissia Bloom” (poesia, Patuá, 2014) e “Companhia Brasileira de Alquimia” (romance, Patuá, 2013).

Foi finalista, com o romance “Amazônia”, do Prêmio Sesc de Literatura 2009. Coordena oficinas de literatura em Santos, na Estação da Cidadania, pelo projeto Pontos de Cultura. Em janeiro de 2012 publicou o romance “Os Bichos”, pela Editora Realejo. O romance “Companhia Brasileira de Alquimia” foi premiado pela Secretaria Municipal de Cultura de Santos e semifinalista do Prêmio Portugal Telecom 2014. O livro de poemas “A Comédia de Alissia Bloom” conquistou o 3° lugar do Prêmio Jabuti, na categoria Poesia. Neste ano de 2019 Herzog lança o romance “Boa noite Amazona”, pela editora Alfaguara.

Sobre o processo de criação de seus textos, Herzog diz que começa pelo final: “Eu, na verdade, me movo da escrita para a pesquisa. Não traço plano de escrever; vou escrevendo uma história aleatória e o enredo vai surgindo, como se o livro estivesse pronto em algum lugar e eu o fosse buscando. Nunca sei onde vai terminar o que começo. Assim, quando vejo que inconscientemente entrei em pontos que demandam pesquisa, aí é que vou pesquisar, para corrigir equívocos já feitos e evitar futuros, ou para dar mais verossimilhança à narrativa”.

A entrevista completa de Manoel Herzog pode ser acessada no canal oficial do Programa Memória-História Oral no Youtube, no link www.youtube.com/watch?v=7ewGn5BN_hE&t=92s

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br

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