Edição 351Abril 2024
Sexta, 26 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 327 Abril 2022

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Mobilidade e ecologia, parceiras

Calcula-se a necessidade de 135 mil pontos de recarga no país

Mobilidade e ecologia, parceiras

Nelson Tucci

Mobilidade. Esta é uma das palavras que mais se tem ouvido falar nos últimos anos, e por uma razão bem simples: ela representa um conceito e uma necessidade permanente. A sociedade atual mudou a forma de consumir várias coisas, como livros, revistas, cinema, restaurantes etc. e, claro, a mobilidade entra aqui também. Carros por aplicativos, por assinatura e a expansão dos modelos elétricos são exemplos vivos disso. Por isso, a indústria quer acelerar o número de eletropostos e implementar 135 mil pontos de recarga em todo o país.

Quem já dirigiu um, sabe: o carro elétrico é rápido, silencioso e econômico. Não obstante ser “ecologicamente correto”, uma vez que não queima combustível fóssil. O cuidado que se deve tomar para a real performance ecológica é sobre a geração de energia para alimentar as baterias. Como será produzida a energia para sustentar uma demanda crescente? A energia solar, eólica ou das marés são alternativas que se apresentam e devem, obrigatoriamente, ser consideradas. No tempo presente não faz sentido nenhum se derrubar florestas para criar lagos artificiais e construir hidrelétricas, tampouco utilizar carvão. Desta fase já passamos. E o Brasil com tanto sol, mar e vento tem tudo para liderar o processo amalgamando mobilidade e ecologia, rumo ao efetivo desenvolvimento sustentável.

É certo que o automóvel elétrico ainda é caro (em média o dobro do modelo convencional), especialmente porque a sua enorme bateria equivale à metade do custo do veículo. Mas a exemplo de tantos outros itens, na evolução tecnológica, tendência é que as baterias sejam mais duráveis (indo bem além dos atuais 300 km de autonomia) e, claro, mais baratas com o aumento de escala de produção. Menores, mais eficientes e menos onerosas. Esta é a equação que deve ser perseguida.

No Brasil, a indústria automotiva representada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) manifestou interesse em ajudar no desenvolvimento sustentável. Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, falou da necessidade de 135 mil pontos de recarga no país, o que deve demandar investimentos de R$ 14 bilhões. A expectativa, segundo a Anfavea, é termos entre 10% e 18% de elétricos do total da frota em circulação até 2035. A discussão é recorrente e tudo indica que não há volta, até porque sabemos que o futuro será aquilo que fizermos hoje.

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