Alumínio e a descarbonização na construção
Resistente à ferrugem e corrosão, o alumínio é material indispensável na construção civil. Leve, prático e de boa aparência, é utilizado no acabamento de fachadas, esquadrias de portas e janelas, guarda-corpo em varandas, grades múltiplas, além de ser muito usado em acessórios. Como estrutura, ajuda no conforto térmico e acústico, além de influenciar a passagem de luz natural e ventilação. Trata-se de elemento essencial em projetos de base e/ou decorativos.
Do ponto de vista da sustentabilidade, tem o lado bom e o ruim do material. O bom é ser 100% reciclável e o ruim é que sua produção – a partir da extração da bauxita – é atividade altamente poluidora, emitindo gases poluentes (Gases de Efeito Estufa, por exemplo), além do alto consumo de energia, de poeiras corrosivas lançadas na atmosfera e da conhecida lama vermelha gerada como resíduo (extremamente alcalino, com pH em torno de 12 e rico em óxido/hidróxidos de ferro).
LATAS – O Brasil, que tem 10% de toda a reserva de bauxita no mundo, é o campeão de reciclagem de latas de alumínio. Segundo dados da Recicla Latas, entidade responsável pelo programa de aperfeiçoamento da reciclagem, o país reciclou 98,7% das unidades disponíveis no mercado em 2021, ou seja, 33 bilhões de latas de alumínio para bebidas. Na ponta do lápis, a reciclagem de uma tonelada de alumínio economiza 95% de energia elétrica e evita a extração de 5 toneladas de bauxita.
A bem-sucedida experiência com as latinhas – que, se atiradas em lixões, rios, matas etc. vão demorar mais de 200 anos para se decompor – pode ser aplicada às esquadrias. Ao se construir ou substituir todo o alumínio em um prédio, durante uma reforma, quanto de material está se utilizando? Afinal, quanto de planeta podemos economizar? Uma pergunta necessária na construção civil e em tantas outras áreas (NT).
