Leishmaniose em Santos. Atenção!
SANTOS tem se deparado com muitos casos de Leishmaniose, o que tem preocupado a população, principalmente os proprietários de animais, alerta o médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti. Pós-graduado em Saúde Pública e professor universitário, Filetti explica que trata-se de uma doença infecciosa em animais e humanos causada por protozoários parasitários do gênero leishmania transmitidos pela picada de insetos da subfamília phlebotominae. Existem três tipos principais: leishmaniose cutânea, leishmaniose mucocutânea e leishmaniose visceral. Hoje, há registro de cerca de 50 casos em Santos, o que não caracteriza como epidemia, mas é importante estarmos atentos.
Os cães são considerados reservatórios da leishmaniose e fonte de infecção para o vetor (inseto). Ou seja, a doença não passa de cão para cão, nem de cão para pessoa, somente pela picada do mosquito transmissor infectado. Os sintomas demoram de dois a três anos para aparecer no animal e incluem pele e mucosas com feridas, queda de pelos da orelha e em volta do nariz, emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Os órgãos internos, como fígado, baço e pulmão, são afetados. Já em humanos os sintomas são febre intermitente por semanas, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramento na boca e nos intestinos. Quem apresentar os sintomas deve sempre procurar o veterinário de sua confiança.
Quem mora em área de mata deve usar repelentes e roupas de manga comprida – o mesmo vale para quem for fazer trilhas. Já os cães devem usar coleiras com repelente, ficar em áreas teladas e, se possível, serem vacinados contra o problema.
O Poder Público tem feito sua parte, tendo realizado exames, criado uma Comissão de Controle da Leishmaniose e dado capacitação aos agentes de controle de endemias e profissionais de saúde da rede. Cabe a população agir no mesmo sentido, realizando exames e dando atenção ao pet.
Adoção responsável em São Vicente
FACHADA do Departamento de Zoonoses de São Vicente, na Rua Catalão, 530, Vila Voturuá, ganhou nova pintura que chama a atenção para a adoção de animais. O interessado em adotar deve comparecer portando RG e comprovante de residência e assinará termo de adoção responsável. Antes de ser retirado, o pet passará por consulta veterinária gratuita e receberá vale castração. De segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 12 e das 13 às 17 horas.
ASSUNTO polêmico, a Santa Casa de São Paulo, através de seu Instituto de Pesquisa, Inovação Tecnológica e Educação, inova na área de transplante de órgãos de animais para seres humanos. A tentativa de uso de órgãos de animais é antiga. Inicialmente pensou-se no uso de macacos pela proximidade ao homem. No entanto, por vários motivos os suínos se mostraram mais viáveis. Estudos vêm sendo desenvolvidos com porcos geneticamente modificados para diminuir a rejeição. Outra alternativa é a descelularização de órgãos suínos seguida por uma transformação em órgão humano usando células do paciente receptor. Para isso, o Ipitec juntou-se à startup de biotecnologia, Eva Scientific, pela sua expertise da área, utilizando biorreatores à larga escala.