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Publicado em 16/07/2019 - 7:57 am em | 0 comentários

Francisco Arrais/Secom-PMS

Dispositivo visa controlar raízes de árvores e prevenir danos em calçadas

Experimento é uma resposta da Prefeitura às reivindicações da sociedade

Dispositivo visa controlar raízes de árvores e prevenir danos em calçadas

Para tentar solucionar o problema de calçadas quebradas por raízes de árvores, a Prefeitura de Santos iniciou projeto experimental na Rua Paraná, na Vila Mathias. Em dois meses, 13 espécies receberão defletores de raízes. O dispositivo consiste em quatro placas de concreto para cada árvore, posicionadas em forma piramidal que atuam como uma contenção, condicionando o crescimento das raízes para baixo, distantes da superfície, evitando a quebra das calçadas.

O primeiro defletor foi instalado defronte ao número 315, nas proximidades da Rua Carvalho de Mendonça. O local possuía um ingá, tombado recentemente durante um temporal. No mesmo lugar foi plantada uma muda de ipê. O próximo vegetal a receber o dispositivo será um ingá adulto, já podado, na altura do número 313.

O experimento é uma resposta da Prefeitura às reivindicações da sociedade. “Este era um ponto crítico, com muitas reclamações por possuir ruas escuras e calçadas danificadas. Aqui, as árvores eram muito altas e com copas frondosas. Fizemos a poda das folhas e raízes, refizemos o sistema de iluminação e inserimos os defletores. Faremos nova calçada e, então, passaremos a monitorar a reação das espécies. Se der certo, solucionaremos um problema antigo reivindicado pela população”, explicou a secretária de Serviços Públicos, Fabiana Garcia Pires.

O paisagista Oswaldo Casasco, idealizador do dispositivo, acredita na boa reação dos vegetais: “As árvores renovam suas raízes e essa nova produção surge a mais ou menos um metro de distância em relação ao piso. Essas novas raízes vão crescendo, quebrando calçadas e arrastando o que encontram pela frente. Se der certo a experiência com os defletores, e eu acredito que dê, teremos condições de aplicar a mesma técnica em uma infinidade de árvores da cidade”.

João Cirilo, engenheiro agrônomo da Seserp, explicou que o teste envolveu árvores com características distintas: “Escolhemos a Rua Paraná por possuir ingás, espécie que tem crescimento vegetativo acelerado, o que permitirá que nossa equipe observe melhor e mais rápido a reação das árvores aos defletores. O teste envolve vegetais adultos, mudas, podas mais altas e podas mais baixas”.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório, o objetivo central é resolver a demanda da população, mantendo a saúde das espécies: “Tivemos muitas ocorrências de quedas de árvores nos últimos vendavais e o nosso objetivo principal é salvar ao máximo as árvores da cidade, proporcionando segurança e acessibilidade ao transitar pelas calçadas”.

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