Será que meu filho tem estrabismo?
Seu filho fecha um dos olhos quando está no sol? Gira a cabeça para enxergar melhor? Apresenta visão dupla ou dificuldade para ler? Esses podem ser alguns dos comportamentos que demonstram a possibilidade de estrabismo. Além desses, a criança pode também sentir dor de cabeça, dificuldade para lacrimejar ou dor nos olhos. E, um alerta: criança com estrabismo pode simplesmente não apresentar sintoma nenhum, além do desalinhamento do olhar.
É o que explica a oftalmologista Claudia Faria, especialista em estrabismo do Hospital Albert Einstein: “O estrabismo é a perda do paralelismo entre os olhos. Na maioria das vezes, sua causa eì desconhecida”. Quando ele aparece na vida adulta, as causas centrais tendem a ser traumatismo craniano, diabetes e problemas vasculares, como aneurismas, tumores cerebrais entre outros. E, quando não tratado da forma e na idade correta, o estrabismo pode comprometer a visão binocular (3D), gerar problemas psicológicos, sociais e econômicos, graças ao desvio ocular.
Claudia conta que um sintoma clássico do estrabismo que precisa ser observado é a ambliopia, uma baixa visão em um dos olhos, algo nem sempre simples de ser detectado. “Como a criança apresenta comportamento normal mesmo enxergando bem com apenas um dos olhos é muito importante os pais levarem a criança para avaliação oftalmológica”, alerta, ao reforçar que a situação é contornável até os 8 anos de idade.
Como são vários os tipos de estrabismo, a especialista afirma que os tratamentos também são específicos: “Alguns são corrigidos com o uso de óculos, outros com óculos e cirurgia de correção de estrabismo e há aqueles que são corrigidos apenas com a cirurgia. Em alguns casos, pode ser realizado o tratamento do estrabismo com toxina botulínica. A oclusão (ou tampão) é utilizada principalmente para o tratamento da ambliopia, a baixa visão causada pelo estrabismo”.