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Publicado na Edição 281 Junho 2018

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Para pacientes com TEA

ABA: reforço positivo fornece formas mais adequadas de interagir

Para pacientes com TEA

Amplamente recomendada para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Applied Behavior Analysis, ou ABA na sigla em inglês, é a terapia voltada para autismo com maior número de pesquisas e resultados comprovados. A ABA, traduzida em nosso idioma para Análise do Comportamento Aplicada, utiliza a base de que os comportamentos se mantêm por sua repetição e dessa forma eles são analisados a partir dos seus antecedentes para descobrir quais fatores que o desencadeiam.

Estudos sobre a terapia são realizados desde a década de 70 por Ivaar Loovas, e indicam que o tratamento intensivo apresenta mais resultados. Segundo Giulianna Kume, psicóloga do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (Cerne), de Curitiba, no Paraná, é possível reduzir e até mesmo extinguir os comportamentos inadequados e aumentar ou inserir novos hábitos: “Nos comportamentos adequados, utiliza-se de reforço positivo para aumentar sua frequência, ou para ensinar uma nova conduta. No processo de inserção de um novo comportamento, vão se reforçando as tentativas que vão se aproximando do objetivo”.

O ABA consiste em uma terapia estruturada que possibilita o aumento do repertório comportamental a partir do reforço positivo, fornecendo formas mais adequadas de interagir. A psicóloga acrescenta que o programa ABA é desenvolvido de acordo com as particularidades e necessidades da criança e envolve tarefas gradativas para melhorar comunicação, interação, socialização e independência. Para que o paciente reproduza esses comportamentos em outros ambientes, os pais, profissionais e escola recebem orientações do que é trabalhado em sessão. “A terapia é indicada para pessoas com TEA, em qualquer idade, mas quanto mais precoce e intensivo for o tratamento, melhores serão os resultados”, afirma Giulianna: “Os estudos têm evoluído e o ABA também tem sido utilizada como uma boa alternativa para outras deficiências que necessitam ampliar o repertório comportamental de maneira estruturada”.

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