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Publicado em 26/04/2017 - 10:52 am em | 0 comentários

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Vendas de imóveis novos de fevereiro superam as do mês anterior

Performance no acumulado de 12 meses registra redução de 22,8%

Vendas de imóveis novos de fevereiro superam as do mês anterior

A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apurou que em fevereiro foram comercializadas na cidade de São Paulo 798 unidades residenciais novas. O volume é 28,3% superior ao total vendido em janeiro (622 unidades) e 4,5% inferior a fevereiro de 2016, quando foram comercializadas 836 unidades. No acumulado de 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017), foram comercializadas 15.804 unidades, uma redução de 22,8% em relação ao mesmo período de 2016, quando foram vendidas 20.465 unidades.

Apesar da melhora em relação a janeiro, os números permanecem tímidos comparativamente aos dados históricos. Na avaliação do presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, o comportamento do mercado ainda reflete os resultados econômicos negativos dos anos de 2015 e 2016. “No entanto, com a inflação cada vez mais próxima do centro da meta, de 4,5% ao ano, as perspectivas de queda da taxa de juros vão se concretizando mês a mês, reforçando a expectativa de que este ano será o marco inicial para a retomada do setor”, diz.

De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), a cidade de São Paulo registrou em fevereiro um total de 179 unidades residenciais lançadas, volume 244,2% superior ao registrado em janeiro (52 unidades). Comparado a fevereiro de 2016, quando foram lançadas 171 unidades, houve aumento de 4,7%. No acumulado de 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017), foram lançadas 16.724 unidades, uma variação negativa de 26,2% comparativamente aos 12 meses calculados de março de 2015 a fevereiro de 2016, período que totalizou o lançamento de 22.669 unidades.

O que explica a inércia do setor imobiliário mesmo diante da melhora da inflação e da taxa de juros neste início do ano são os altos índices de desemprego, que afetam a confiança do consumidor e fazem com que ele ainda evite comprometer o orçamento familiar com gastos significativos, como a compra de um imóvel, analisa Celso Petrucci, economista-chefe da entidade.

O vice-presidente de Incorporação Imobiliária, Emilio Kallas, lembra que, nesse sentido, o governo vem sinalizando disposição para impulsionar a indústria imobiliária, justamente por confiar na sua capacidade de reativar a economia e em seu forte poder de gerar emprego e renda.

Na capital paulista, ele reforça que os empreendedores imobiliários aguardam ajustes na Lei de Zoneamento para que possam lançar novos projetos: “Alguns parâmetros precisam revistos, a fim de equilibrar os custos de produção com o preço final para o comprador”.

A capital paulista encerrou o mês de fevereiro de 2017 com a oferta de 22.546 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (março de 2014 a fevereiro de 2017). Fevereiro apresentou queda de 3,7% em relação ao mês anterior (23.414 unidades) e redução de 13,6% em comparação com fevereiro de 2016 (26.083 unidades).

Em fevereiro, os imóveis de 2 dormitórios predominaram nas vendas e na oferta final, com 337 unidades e 9.230 unidades, respectivamente. Com 73 unidades lançadas, os imóveis de 2 dormitórios foram superados pelos de 3 dormitórios, que tiveram 76 unidades lançadas e também o melhor VSO, de 4,3%, com 234 unidades comercializadas em relação à oferta de 5.473 unidades (5.397 de oferta inicial mais 76 lançamentos).

Imóveis com até 45 m² de área útil registraram a maior volume de vendas (272 unidades). Em relação aos lançamentos, as faixas de 45 m² a 65 m² e de 85 m² a 130 m² dividiram a liderança com 70 unidades lançadas cada. As unidades com área útil de 85 m² a 130 m² ainda apresentaram o melhor VSO (4,5%), resultado da venda de 107 unidades em relação à oferta de 2.368 unidades.

Os imóveis com preços na faixa de R$ 225 mil a R$ 500 mil lideraram as vendas (347 unidades), os lançamentos (61 unidades) e a oferta final (11.053 unidades). O melhor VSO foi de 8,4% dos imóveis com preços inferiores a R$ 225 mil, resultado de 105 vendas em relação à oferta de 1.244 imóveis.

A análise por zonas da cidade mostra que, em fevereiro, a zona Oeste registrou a maior quantidade de vendas (218 unidades) e o melhor VSO (4,4%). A zona Sul ficou com a melhor marca de lançamentos (84 unidades) e de oferta final (5.914 unidades).

Confira a Pesquisa Secovi-SP completa e os dados da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em www.secovi.com.br/pesquisas-e-indices/pesquisa-mensal-do-mercado-imobiliario

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