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Publicado em 9/03/2024 - 6:26 am em | 0 comentários

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Olimpíada Brasileira do Oceano premia estudantes durante o Santos Summit

Santos, neste ano, teve 64 medalhistas

Olimpíada Brasileira do Oceano premia estudantes durante o Santos Summit

No segundo dia do Santos Summit, no Parque Tecnológico de Santos, ontem, 350 alunos de escolas das redes pública e privada de Santos, Cananéia, Jundiaí, Itanhaém, São Paulo e São Vicente foram premiados na 3ª edição da Olimpíada Brasileira do Oceano (O2). Trata-se de projeto educacional que envolve o ensino formal e não formal de todo o país e visa engajar a sociedade no descobrimento da importância do oceano na vida das pessoas e despertar para a influência de nossas ações sobre o oceano.

A competição foi criada em 2021, em função do início da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030) e das ações para atingir as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

A cidade de Santos, neste ano, teve 64 medalhistas e oito deles, estudantes da UME Professor João Papa Sobrinho, estavam presentes. Para o inspetor da escola e idealizador do projeto medalhista “Embaixadores do Século XXI”, Renato Rodrigues Dias Correia, o objetivo é despertar nos alunos a consciência ambiental e a cultura oceânica: “Queremos despertar nos nossos alunos a preservação do oceano. Eles são os agentes e protagonistas dessas ações. Então, receber esse certificado é o reconhecimento do trabalho realizado, pois a Olimpíada do Oceano traz justamente esse incentivo para que nós e outras escolas possamos cada vez mais contribuir com ideias e projetos que possam tornar possível a preservação dos nossos oceanos e do meio ambiente”.

A 3ª edição da Olimpíada contou com mais de 45 mil inscritos. A maior participação foi da região Sudeste (40%), seguida do Nordeste (26%), Sul (16%), Norte (15%) e Centro-oeste (3%). Além disso, 43% foram mulheres, 16% se declararam como pretos, pardos ou indígenas e 77% estudam na rede privada de educação.

Do total dos premiados em 2023, 100 alunos de escolas públicas também vão receber bolsas de Iniciação Científica Júnior (ICJ), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de 10 meses cada, com R$ 300,00 por mês, para desenvolverem um plano de trabalho sobre cultura oceânica em suas escolas.

De acordo com a professora Andrezza Andreotti, da Universidade Federal de SP, que desenvolve o Programa Maré de Ciência, os oceanos nos unem e nos conectam com o mundo: “A participação dos estudantes na Olimpíada Brasileira do Oceano (O2) é importante para engajar os alunos em uma competição de nível nacional que visa promover a cultura oceânica em todo o país, desde a educação infantil até a pós-graduação”.

A Olimpíada Brasileira do Oceano O2 uma realização do Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Unesco, com o apoio do CNPq, e com a colaboração do projeto Euceano.org, da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm) e da Rede de Escolas Azuis do Atlântico (All-Atlantic Blue Schools Network).

O Santos Summit encerra hoje, uma realização do Parque Tecnológico em parceria com a Prefeitura de Santos, com organização da Fulltime Eventos e Turismo e apoio do Sebrae, Associação Comercial de Santos, Lide Litoral Paulista, Pinacoteca Benedicto Calixto, Museu do Café, B2Mamy, Instituto Multiplicidades, Juicyhub, Hub Brasil Export e Santos Convention & Visitors Bureau.

Importância da tecnologia é ressaltada no Santos Summit

As plataformas de petróleo e gás precisam cada vez mais de tecnologia de ponta para operações mais seguras em alto-mar. Esta é uma grande área a ser explorada pelas startups, mesmo considerando que a exploração destes produtos tem perfil extremamente conservador. Esta foi uma das avaliações dos participantes do painel “Inovação no mercado de petróleo e gás offshore”, que integrou o segundo dia do Santos Summit.

Em sua participação no painel “Oportunidades de investimentos em inovação para a Baixada Santista”, o economista Adriano Pitoli, co-head do Fundo GovTech, destacou que Santos tem capacidade para se desenvolver rapidamente no setor de tecnologia. “Esta é uma oportunidade transformadora”, comentou.

Para os interessados em GovTechs (empresas voltadas para tecnologia na gestão pública), Pitoli aponta que as inúmeras carências de serviços públicos acabam explicando a frágil posição do Brasil na 71ª posição, em uma relação de 141 países, no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial. Isso, porém, entende o economista, abre um amplo campo de atuação para as empresas de prestação de serviços de tecnologia na gestão pública.

O painel “Integrando ESG e sustentabilidade nos negócios para o oceano” foi apresentado pelo jornalista Nelson Tucci e Flavia Ribeiro.

O “Suporte para o desenvolvimento sustentável do esporte” foi o tema da palestra ministrada pelo fundador da EUceano, Rodrigo Tomé. Foram discutidas questões além das competições, destacando a promoção de práticas esportivas que beneficiam atletas e contribuem para o bem-estar social, econômico, ambiental e sustentável das cidades.

Uma das palestrantes foi a paratleta do surfe Malú Mendes. Ela conquistou o título da primeira etapa do Circuito Mundial Profissional de Surf Adaptado no Havaí. Filha de Paulo Kid, ela tem histórico de conquistas, incluindo títulos como campeã brasileira em 2022, campeã mundial ISA em 2020 e campeã mundial do Circuito Profissional de Surf adaptado em 2022.

A paratleta descobriu a sua paixão pelo surfe aos três anos, influenciada por seu pai. Ao descobrir a paralisia cerebral aos 26 anos, encontrou no esporte aquático uma forma de superar suas limitações: “Em termos sociais, o esporte pode ser uma ferramenta poderosa para promover a inclusão, a igualdade de gênero e o desenvolvimento pessoal. Oferece oportunidades para pessoas de todas as idades, origens e habilidades se envolverem em atividades físicas, construírem amizades e aprenderem valores como trabalho em equipe, respeito e disciplina”.

Para um dos criadores da SporTI e palestrante, Cristian Gomes, do ponto de vista econômico, o esporte pode impulsionar o crescimento através da criação de empregos, do turismo e do desenvolvimento de infraestrutura: “Eventos de grande porte, como Olimpíadas e Copas do Mundo, muitas vezes têm um impacto significativo na economia local e nacional, gerando receita e estimulando investimentos em áreas como transporte, hotelaria e comércio. Além disso, o esporte pode desempenhar um papel importante na promoção da sustentabilidade ambiental. Iniciativas como a construção de instalações esportivas, a adoção de práticas sustentáveis em eventos esportivos e a conscientização sobre questões ambientais podem ajudar a reduzir o impacto negativo do esporte no meio ambiente e a promover a conservação dos recursos naturais”.

Com a temática da “Economia Azul”, o encontro mediado pelo fundador da EUceano, Rodrigo Tomé, trouxe o conceito que visa promover o uso sustentável dos recursos marinhos e costeiros para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Inspirada na importância dos oceanos e mares para a economia global, a abordagem busca conciliar o crescimento econômico com a conservação dos ecossistemas marinhos, garantindo que as futuras gerações possam continuar se beneficiando dos recursos marinhos.

Para um dos palestrantes, Sérgio Monforte, da Unesco, no centro da Economia Azul está a ideia de que os oceanos oferecem oportunidades significativas para inovação, criação de empregos e crescimento econômico em setores como esporte, pesca, aquicultura, turismo, transporte marítimo, energia renovável entre outros. “Por exemplo, Santos é uma cidade que tem um potencial enorme para a cultura oceânica e tem uma forte conexão com o ambiente marinho. Então, com o desenvolvimento sustentável dos oceanos, é possível garantir seu uso responsável e equitativo para o benefício de todas as partes interessadas”. O encontro contou com a participação de Mariana Bazzoni, do InstitutoE.

Confira a programação completa em www.santossummit.com.br

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