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Publicado em 6/09/2023 - 7:47 am em | 0 comentários

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Novos investimentos no Porto de Antonina atraem produtores dos EUA

Grupo visitou Porto de Antonina para conhecer processo de importação

Novos investimentos no Porto de Antonina atraem produtores dos EUA

As obras de ampliação no Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no Paraná, atraíram grupo de 15 traders, empresários e produtores de fertilizantes norte-americanos, que conheceram o local na última semana. A construção de novos silos e de novos armazéns de fertilizantes – obra em fase final de entrega – possibilitarão o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas.

Com mais espaço para armazenamento, o terminal ganha agilidade na operação portuária com uma maior produtividade na descarga de produtos. Também estão entre as vantagens operacionais a possibilidade de armazenamento de 100% da carga em área de recinto alfandegado, line up diferenciado e a produtividade na operação com custos reduzidos, devido à proximidade dos armazéns com o cais.

“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos”, comentou Gilberto Birkhan, diretor-presidente do PPF, a empresa concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina: “Além disso, teremos ganhos de produtividade superiores a 40% englobando todo este contexto”. A ampliação oferecerá mais espaço para o mercado de fertilizantes. Em 2022, segundo dados da Portos do Paraná, foram importadas quase 10 milhões de toneladas do insumo pelos portos de Paranaguá e Antonina. O volume representa 27,5% de tudo o que o país recebe em adubos.

Entre as principais preocupações dos exportadores de fertilizantes estrangeiros para o Brasil estão os valores da demurrage (sobre-estadia), taxa que deve ser paga pelo tempo de espera que o navio fica atracado, aguardando para descarregar mercadorias.

De acordo com o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), o aumento excepcional no volume de importações provocou gargalos logísticos na infraestrutura de descarga e armazenagem, resultando em tempo maior de permanência dos navios em águas paranaenses. No cais comercial o custo gerado foi de US $ 30,39 por tonelada.

Para o vice-presidente da CF Industries, especializada no ramo de fertilizantes, Bert Frost, existem gargalos na logística portuária brasileira que precisam de atenção: “Com o alto volume de importações e exportações, o maior desafio, tanto para os exportadores e importadores, são as questões portuárias que envolvem logística e custos marítimos”.

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