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Publicado em 7/12/2023 - 6:55 am em | 0 comentários

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Construção civil deve crescer de 1,2% em 2023, afirma SindusCon-SP

Expectativa de crescimento em 2014 é de 2,9%

Construção civil deve crescer de 1,2% em 2023, afirma SindusCon-SP

O setor da construção civil deve apresentar crescimento de 1,2% em 2023, com expectativa básica de crescer 2,9% em 2024. A estimativa foi apresentada hoje pelo SindusCon-SP, na capital paulista, durante coletiva de imprensa virtual.

Com a recente revisão, o IBGE divulgou os novos números para o crescimento do PIB da construção civil, que ficou em 12,62% em 2021 e 6,85% em 2022.

O desempenho em 2023 representou uma frustração ante expectativas de crescimento mais expressivas, segundo o sindicato de São Paulo. A retração do mercado de autoconstrução e pequenas obras e reformas contribuiu para o resultado aquém do esperado. Por outro lado, o mercado formal comandado pelas construtoras e incorporadoras mitigou esse desempenho ruim.  Além disso, o emprego com carteira na construção cresceu refletindo o aquecimento do mercado, que teve que lidar com a falta de mão de obra qualificada.

A despeito do cenário adverso, de altas de juros, vale destacar a resiliência do mercado imobiliário. “Para 2024, o setor conta com uma redução significativa de juros somada a uma menor volatilidade dos custos dos materiais e o apoio aos programas de habitação governamentais, como MCMV, PAC, Casa Paulista e Pode Entrar”, afirmou o presidente da entidade, Yorki Estefan.

Para 2024 espera-se colher um resultado positivo com a continuidade da queda dos juros e um novo ciclo imobiliário comandado pelo Minha Casa Minha Vida. Além disso, os investimentos em infraestrutura devem crescer.

Conforme Estefan, um crescimento de 2,9% projetado para 2024 é uma queda vigorosa na comparação com anos anteriores, parcialmente derivada da taxa de juros restritiva, afetando a economia como um todo e os investimentos na construção: “Para 2024, esperamos diminuições dos juros básicos e das taxas do financiamento imobiliário, possibilitando aumento dos investimentos no setor da construção”.

O presidente do SindusCon-SP relatou que o setor incorporou 250 mil empregos em 2023, mão de obra que tem sido treinada, com reflexos positivos sobre a produtividade no ano que vem, reduzindo o impacto da escassez de pessoal qualificado: “Ameaça real ao setor é o fim da desoneração sobre a folha de pagamentos, que deverá onerar os imóveis já vendidos. Haverá um acréscimo de custos a ser repassado para as unidades imobiliárias, que poderá resultar em queda da demanda”.

O dirigente destacou que, em função da diminuição dos lançamentos, as vendas têm sido de imóveis em estoque, com preços atrativos. “É um ótimo momento para se adquirir um imóvel”, salientou, ao observar que a diminuição de juros bancários poderá elevar a maior velocidade de vendas, incentivando novos lançamentos. 

O presidente do SindusCon-SP destacou que a reforma tributária, com um tratamento especial dado à construção, deverá favorecer o setor quando for implementada.

Comentando a queda do PIB da construção no terceiro trimestre, Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia, ressaltou a importância de se entender a separação, que nem sempre é bem compreendida, entre o que é a construção formal e a construção informal feita pelas famílias. “A perspectiva de uma renda maior para as famílias pode favorecer um maior consumo de materiais de construção”, comentou.

Ambos consideraram que as mudanças no Plano Diretor e na Lei de Zoneamento do município de São Paulo não deverão trazer mudanças imediatas significativas aos projetos de novos empreendimentos. Os que já foram protocolizados ainda serão licenciados na regra atual.

O SindusCon-SP é a maior associação de empresas da indústria da construção na América Latina. Congrega construtoras associadas e representa as cerca de 50 mil empresas de construção residencial, industrial, comercial, obras de infraestrutura e habitação popular, localizadas no estado de São Paulo. Tem sede na capital paulista, e representações em nove regionais e uma delegacia nos principais municípios do Interior. A construção paulista representa 27,6% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 4% do PIB brasileiro.

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