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Publicado na Edição 262 Novembro 2016

Acervo FAMS

Primeira Escola Pública de Santos

Cesário Bastos: só em 1916 as aulas começaram a funcionar no atual prédio da Vila Mathias

Primeira Escola Pública de Santos

Criado por Decreto Estadual em 28 de abril de 1900 e instalado no dia 13 de outubro do mesmo ano, o Grupo Escolar Cesário Bastos (batizado em homenagem a um importante senador, natural de São Vicente) foi instalado originalmente em uma casa cedida pelo benemérito santista Júlio Conceição, na rua Braz Cubas, esquina com rua Sete de Setembro e Senador Feijó.

Em 25 de agosto de 1907 foi autorizada a construção da nova edificação, num amplo terreno na Vila Mathias, ao lado da estação dos bondes. As obras foram concluídas em 1º de janeiro de 1914, porém só em 24 de abril de 1916 é que as aulas começaram a funcionar no novo prédio.

O projeto arquitetônico do Cesário Bastos chegou a servir de modelo para a instalação de outros grupos escolares em São Paulo, graças às suas características únicas, com tapagens onduladas em vidro colorido indiano, sustentada nos vãos maiores por colunas de ferro, que se harmonizam com o desenho do piso em ladrilho hidráulico. As escadarias foram feitas em mármore branco e os corrimãos em madeira de lei e ferragens importadas da Inglaterra.

Com o crescimento da cidade, o Cesário Bastos se tornou a maior escola da região e uma das maiores do Estado de São Paulo. Em 1947, o colégio implantou um programa de ensino cívico, criando a figura da Prefeitura Escolar, tendo inclusive eleição para o cargo de prefeito.

O prédio passou por várias reformas, sendo as mais importantes em 1935, 1980 e 1995.

Em 25 de janeiro de 1992, data de aniversário da cidade, o prédio do Cesário Bastos foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Santos (Condepasa). A Associação de Pais e Mestres era quem conseguia promover a manutenção do prédio, bancando pequenos reparos. Porém, implorava por uma grande reforma, que só veio a acontecer em 1995.

Ainda na década de 1990, a Diretoria de Ensino da Região de Santos (DERS) passou a ocupar espaço no prédio, utilizando classes ociosas e brecando as possibilidades de recuperação do colégio. Com isso, outras classes foram fechando ao longo dos anos. Em 2002, as aulas noturnas foram extintas.

Depois de muita negociação com a Universidade de São Paulo, finalmente, em 2012, a instituição universitária paulista transferia da capital para Santos o curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica da USP. Há planos para aumentar a área universitária no local, passando de 5 mil para 20 mil metros quadrados.

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br

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