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Publicado na Edição 264 Janeiro 2017

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Cirurgia de catarata pode melhorar o glaucoma

Controle da doença e redução do uso de colírios

Cirurgia de catarata pode melhorar o glaucoma

Apontado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a maior causa de cegueira irreversível, o glaucoma é caracterizado, na maioria dos casos, pelo aumento da pressão interna do olho. A previsão da OMS é de que até 2040 deve cegar de 3 a 5 milhões de pessoas no mundo, embora a maioria dos portadores não fique cega.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, o glaucoma pode ser de ângulo aberto ou fechado. Ele afirma que muitas pessoas têm a falsa crença de que não podem passar pela cirurgia de catarata. Ele conta que alguns pacientes passaram a controlar melhor o glaucoma após a cirurgia, inclusive com a diminuição do número de colírios usados.

O especialista diz que entre os 2 milhões de brasileiros com a doença, 10% têm glaucoma primário de ângulo fechado que predispõe mais à cegueira se não for tratado corretamente. Este tipo de glaucoma é caracterizado por alterações na anatomia do olho que elevam a pressão intraocular por dificultar o escoamento do humor aquoso, gel que preenche o globo ocular. As principais alterações anatômicas são o espessamento do cristalino decorrente da catarata, o boqueio pupilar relacionado a medicamentos ou outros problemas de saúde, o espessamento das bordas da íris e a combinação de várias dessas alterações, principalmente entre orientais. Os principais sinais de alerta de uma crise de fechamento do ângulo são enxergar halos, dor de cabeça, visão turva, náusea e vômito.

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