Edição 350Março 2024
Terça, 16 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 243 Abril 2015

Acervo FAMS

As múltiplas faces do Paço Municipal

Projeto de 1903, não utilizado, do engenheiro alemão Oscar Kleinschmidt

As múltiplas faces do Paço Municipal

A sede da municipalidade, o Palácio José Bonifácio, reina imponente no centro de Santos desde 1939, quando foi inaugurado. É um prédio que impressiona santistas e visitantes, tanto por sua arquitetura como por sua história.

Mas você sabia que, por duas vezes, a cara da Prefeitura santista poderia ter sido diferente? E que o endereço poderia ser outro que não a Praça Mauá? Ou até que, ao invés das estátuas de Hermes e Minerva (que ficam na entrada do Paço), haveria esculturas de Braz Cubas e Martim Afonso de Souza, dando as boas-vindas aos visitantes?

Está achando brincadeira? Não é, não! Antes de bater o martelo no projeto definitivo, os santistas discutiram por várias vezes como e em que local construir a sede da administração municipal. A ideia era se livrar, de uma vez por todas, do incômodo aluguel de um dos blocos dos casarões do Largo Marquês de Monte Alegre (em frente à Estação de Trem do Valongo), utilizado como sede da Prefeitura e da Câmara Municipal desde 1895.

A primeira tentativa de viabilizar o Paço aconteceu em 1903, quando a então Intendência Municipal abriu edital público para receber projetos arquitetônicos para a construção de uma edificação na área frontal ao Conjunto do Carmo (na atual Praça Barão do Rio Branco). Dez projetos foram apresentados, mas só dois foram escolhidos: O do engenheiro alemão Maximiliano Emílio Hehl, o mesmo que projetaria mais tarde a Catedral de Santos e o de seu conterrâneo germânico Oscar Kleinschmidt, que impressionou a comissão julgadora pela suntuosidade da sua proposta. Ambos, porém, acabaram não viabilizados e o sonho da mudança teve de ser adiado.

Em 1927, a municipalidade já era dona da área defronte à Praça Mauá e, assim, mudara de ideia quanto ao local de sua futura sede. Naquele ano surgiu uma segunda proposta, um pouco mais simples que as apresentadas em 1903. Ainda assim, faltava “grana” para a coisa andar.

Só no ano de 1936 é que surgiu a proposta que, finalmente, sairia do papel para tomar vida e fazer de Santos uma das poucas cidades brasileiras a ostentar um verdadeiro palácio como sede de seu poder executivo. O Palácio que todos conhecemos.

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br

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