Baccarelli programa apresentações em homenagem ao Dia da Consciência Negra
O Instituto Baccarelli promoverá domingo, 20, Dia da Consciência Negra, apresentações da Orquestra Sinfônica Heliópolis (OSH) e da Camerata do Instituto Baccarelli. Os recitais ocorrem no auditório MASP-Unilever, na Avenida Paulista, 1.578, na capital paulista, às 11 e às 16 horas, respectivamente, com ingressos a preços populares.
O domingo musical tem início com a OSH – o principal núcleo musical do Instituto – sob a regência do maestro Edilson Ventureli e participações da soprano Erika Muniz, integrante do Coro da Osesp, e do flautista Leandro Oliveira.
O programa idealizado para a apresentação reúne solistas e obras que remetem ao tema da data comemorativa, e será aberto por peças sacras do padre, compositor, professor de música, maestro e instrumentista brasileiro José Maurício Nunes Garcia (1767-1830). “Abertura (em Ré)” é a primeira composição, seguida por “Te Christe Solum Novimus”. De José Rodrigues Domingues de Meireles (1760-1800) será interpretada a obra “O Lingua Benedicta – Para Soprano Solo, Cordas e Continuo”.
Na segunda parte do programa, a OSH brindará a plateia com obras assinadas por grandes compositores brasileiros. De Antonio Carlos Gomes (1836-1896) será executada “Pensamentos”; de Oscar Lorenzo Fernandez, “Essa Nega Fulô; de Radamés Gnattali (1906-1988), “Suíte Retratos”. O encerramento trará para a plateia duas obras de grande popularidade: “Corta-Jaca”, de Chiquinha Gonzaga (1847-1935), e “Carinhoso”, de Pixinguinha (1897-1973).
À tarde, sobem ao palco do auditório da Avenida Paulista os músicos da Camerata do Instituto Baccarelli, sob a orientação de Pedro Visockas, e participação de Juan Rossi ao violino. O repertório inclui a “Sinfonia de Cordas nº 1 em Dó Maior”, de Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847); o “Concerto Para Violino em Ré Maior, Op. 2 nº 12 – O Labirinto Harmônico”, de Pietro Locatelli (1695-1764); e, para fechar a apresentação, o “Concerto Grosso em Lá Menor, Op. 6 nº 4, HWV 322”, de Georg Friedrich Händel (1685-1759).
A Orquestra Sinfônica Heliópolis, um dos programas do Instituto Baccarelli, promove prática orquestral e conhecimento de repertório sinfônico a alunos avançados da instituição. Conta com Isaac Karabtchevsky como seu diretor artístico e regente titular e Zubin Mehta, como patrono. A versatilidade do grupo permite à sinfônica transitar pelo universo da música de concerto e da música popular, mantendo alto padrão de excelência na execução das obras.
Já se apresentou sob a regência dos maestros Zubin Mehta, Peter Gülke, Yutaka Sado, acompanhada de Julian Rachlin, Erik Schumann, Domenico Nordio, Paula Almerares, Leonard Elschenbroich, Arnaldo Cohen, Jean-Louis Steuerman, Antonio Meneses, Ricardo Castro e de artistas consagrados como Ivete Sangalo, Milton Nascimento, João Bosco, Luiz Melodia, Lenine, Paula Lima, Toquinho, Fafá de Belém e Ivans Lins, entre outros. O grupo tocou em importantes palcos, como Sala São Paulo, Theatros Municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, Gasteig (Alemanha) e Muziekgebouw (Holanda), além de ter participado de eventos como o Festival Beethoven (Bonn/Alemanha) e Rock In Rio, com Mike Patton.
Um dos mais novos grupos musicais do Instituto Baccarelli, a Camerata iniciou seus estudos e ensaios em 2016. Sob a orientação de Pedro Visockas, atua com a formação de 14 violinos, 4 violas, 4 violoncelos e 2 contrabaixos. Formada por estudantes do Instituto Baccarelli, tanto da Orquestra Sinfônica Heliópolis quanto da Orquestra Juvenil Heliópolis, o grupo trabalha agilmente repertórios que vão do barroco à música contemporânea, focados em peças com partes solistas proeminentes, com intuito de estimular o virtuosismo e as habilidades técnicas individuais, além de preparar os alunos – na prática – para a vida profissional.
Em 1996, sensibilizado por um incêndio de grandes proporções em Heliópolis, o maestro Silvio Baccarelli prontificou-se a ensinar música para 36 crianças e jovens da comunidade, como forma de diminuir o sofrimento das famílias atingidas e contribuir para a autoestima e possibilidade de educação desses menores. Como o bairro da zona sul paulistana não dispunha de local apropriado para as atividades, o maestro cedeu o próprio imóvel, o Auditório Baccarelli (localizado na Vila Clementino), para dar início às aulas.
Dos participantes desse estágio inicial, dois ex-integrantes do coral que o maestro regeu por várias décadas em São Paulo permaneceram à frente do Instituto: os irmãos Edilson e Edmilson Venturelli. Além da gestão executiva e da imagem institucional, eles foram os responsáveis pelo desenvolvimento das diferentes atividades da entidade, e por ampliar significativamente a dimensão da instituição de ensino. Hoje, 1.300 menores são beneficiados pelos programas socioculturais, que abrangem 5 orquestras, 14 corais, 23 grupos de musicalização, 6 grupos de câmara e 2 cameratas, sob a responsabilidade de 68 profissionais da música.
O Instituto Baccarelli conta com Isaac Karabtchevsky como diretor artístico e com o patrono indiano Zubin Mehta, que, após ter visitado a Instituição em 2005, se encantou com o poder da música enquanto ferramenta de transformação social. Para a manutenção de suas atividades, o Instituto Baccarelli tem os seguintes patrocinadores, distribuídos por categorias. Master: Petrobras; Ouro: Bndes, Vivo e Volkswagen; Prata: Banco Volkswagen e Grupo Segurador BB & Mapfre; Bronze: Bradesco, Cielo, Instituto Votorantim, Magazine Luiza e Pernambucanas.