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Publicado em 2/09/2020 - 7:06 am em | 0 comentários

Giuliano Gomes/Divulgação

Incorporadora vende R$ 100 milhões em imóveis na pandemia

GT: estratégias digitais e condições exclusivas

Incorporadora vende R$ 100 milhões em imóveis na pandemia

A paranaense GT Building divulgou balanço referente ao faturamento parcial alcançado em 2020 e, apesar da tragédia em diversos setores, a empresa seguiu em crescimento e registrou Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 100 milhões entre janeiro e julho. O diretor comercial Rodolfo Baggio Pereira contou que o planejamento que vinha sendo aplicado em janeiro e fevereiro foi totalmente alterado a partir de março, mas não chegou a causar grande impacto na programação. “Nosso cronograma de 2020 estava pronto e bem fundamentado. Tínhamos grandes planos de lançamentos, eventos, convenções e entregas, que foram adaptados ao contexto que começamos a vivenciar em março com o início da pandemia”.

Ele disse que o rápido entendimento do cenário global e a criação de estratégias virtuais foram fundamentais para a permanência ativa no mercado: “Quando o novo coronavírus ainda chegava ao Brasil, por precaução, já migramos para o estilo de trabalho híbrido e investimos em ferramentas digitais que fizeram toda a diferença. Isso, ao invés de causar grandes danos àquilo que havíamos programado, na verdade nos apresentou uma nova modalidade de vendas que pode se fortalecer mesmo quando a pandemia passar, e que vai desde a visita virtual até a assinatura de contrato”.

Além disso, no primeiro semestre, a empresa promoveu diferentes campanhas que ofereciam uma série de vantagens ao cliente. Na Campanha Compra Digital, foram lançados os benefícios de recompra garantida, que dava ao cliente que comprasse um apartamento a possibilidade de devolvê-lo, caso necessário, e recebesse o valor pago até o momento; de parcela reduzida que consistia na diminuição do valor pago à incorporadora no período de construção do empreendimento; e de descontos digitais que dava descontos exclusivos aos compradores que optassem pelo processo virtual ao adquirir um imóvel. Já em junho, foi lançada a Campanha Compra Certa, que além dos benefícios citados, também oferecia personalização inclusa, imposto sobre imóveis (ITBI) e custas de cartório absorvidos pela incorporadora, desconto de 6.6% ao ano com antecipação das mensalidades, 0% no aumento da taxa mensal, parcelamento e condomínio bonificado até dezembro de 2020.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Brain Inteligência Estratégica e o Senai realizaram uma pesquisa com mais de 900 empresários do setor da construção civil entre abril e maio. O estudo avaliou os Indicadores Imobiliários Nacionais no 1º trimestre de 2020 e 56% dos respondentes sinalizaram que fecharam vendas durante a pandemia. Ainda, 55% iniciaram as negociações após 20 de março, quando notícias e impactos causados pelo vírus já estavam sendo amplamente abordados no Brasil.

Em julho, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Fipe divulgaram uma análise do mercado durante o mês de maio. O documento aponta que vendas de imóveis novos somaram 10.085 unidades, totalizando 29.847 unidades no último trimestre móvel e 118.060 nos últimos 12 meses (alta de 2,7%).

O economista, professor da USP e coach de finanças pessoais, Marcos Silvestre, explica que os argumentos para comprar um imóvel estão ficando cada vez mais fortes, visto o comportamento do mercado, o recuo em investimentos na renda fixa e as condições apresentadas pelas empresas do setor: “O meio imobiliário hoje está sendo visto como uma moeda forte e deve ser um dos principais propulsionadores da economia quando voltarmos à estabilidade. Essa é a oportunidade ideal para comprar um imóvel, já que os financiamentos estão muito bons, a taxa Selic está a 2% e as vantagens estão muito convidativas”.

Uma comparação feita pelo especialista é com relação ao crédito imobiliário: “Vamos considerar o financiamento de 50% de um imóvel com valor de venda de R$ 840 mil (R$ 420 mil de saldo financiado). Há dois anos, por exemplo, a taxa de juros do crédito imobiliário era de 10% ao ano (0,80% ao mês), mas caiu muito de lá para cá, e hoje se encontra no patamar de 7% ao ano (0,56% ao mês). Parece que não, mas trata-se de uma enorme diferença para o bolso do comprador! Essa redução faz com que a primeira parcela mensal caia 23%, assim como todas as demais, gerando uma economia em juros equivalente a 50% do valor financiado. O financiamento nestas condições, além de possibilitar o acesso a um imóvel de maior valor partindo da mesma faixa de comprovação de renda, gera uma economia total de 1/4 do valor do imóvel, o que pode servir, por exemplo, para o comprador decorar seu novo lar. Na prática, é como comprar um novo imóvel e ‘ganhar’ o projeto de design interior”.

Silvestre afirma que nesse momento falta apenas o encontro entre imóvel e comprador para a negociação acontecer, já que todo o cenário e favorável: “Os juros do financiamento imobiliário não devem cair mais do que estão hoje. Quem for esperar, pode perder o melhor momento de mercado em termos de preço, de estoque, de variedade de empreendimento. A hora é agora. Seja para quem quer investir em um patrimônio que tem valorização a longo prazo, para quem quer obter renda por meio do imóvel e até mesmo para quem quer realizar uma grande conquista que vem sendo adiada”.

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