Baixada Santista terá plano regional contra o desemprego
Para reverter o quadro de desemprego na Baixada Santista, de forma sistemática e metropolitana, foram definidos ontem, em Cubatão, os eixos de um plano para gerar vagas de trabalho. O encontro teve a presença de dirigentes sindicais, vereadores, agentes públicos e integrantes do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb).
Na ocasião, foi criado um conselho, a ser formado por 36 pessoas, representando sindicatos, prefeituras, câmaras e o meio universitário. Elas serão escolhidas em reunião marcada para a próxima segunda-feira 28, na sede do Sindicato da Construção Civil e Mobiliário (Sintracomos), em Santos.
No dia seguinte 29, um documento com propostas do grupo de trabalho será apresentado aos prefeitos da Baixada durante reunião ordinária do Condesb, que terá como tema central o desemprego e será realizada em Cubatão. Nos últimos 10 anos, a Baixada Santista perdeu 40 mil vagas de emprego, das quais 12 mil foram em Cubatão.
O encontro de ontem foi classificado como “histórico” pelo presidente do Sintracomos, Marcos Braz de Oliveira, o Macaé. Realizado na sede cubatense da entidade, foi presidido pelo presidente do Condesb, Alberto Mourão, prefeito de Praia Grande, e teve como um dos oradores o prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira.
Ademário lembrou que a empregabilidade tem sido uma questão abordada com seriedade e responsabilidade desde o início do atual governo. Citou, entre suas ações, gestões junto ao empresariado nacional e até internacional visando a atração de mais investimentos para a cidade. Destacou o trabalho por intermédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da imprensa, destinado à divulgação do potencial e da infraestrutura logística do polo industrial de Cubatão. Ressaltou a reestruturação do Posto de Atendimento ao Trabalhador: “Acabamos com a politização do PAT. Hoje, ele atende aos interesses dos trabalhadores da cidade e não dos agentes políticos”.
Conforme Ademário, Cubatão está fazendo a “lição de casa” na luta contra o desemprego, sem recorrer ao que qualificou de “populismo irresponsável”. E evidenciou a importância de um trabalho harmônico entre o Executivo e o Legislativo para que se chegue a soluções satisfatórias, na esfera dos poderes públicos.
O vice-prefeito e secretário municipal de Planejamento, Pedro de Sá, também fez parte da mesa coordenadora dos trabalhos, e disse que hoje, não só Cubatão, mas toda a Baixada, enfrenta dois grandes desafios: gerar empregos e manter a qualidade deles. “O papel do agente público é ser o indutor da geração de empregos, com políticas que incentivem a atração de investimentos e façam a atividade produtiva retornar à nossa cidade”, afirmou.