Edição 355Agosto 2024
Segunda, 02 De Setembro De 2024
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Publicado em 2/08/2024 - 6:55 am em | 0 comentários

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Agenda discutirá diferentes maneiras de habitar os grandes centros urbanos

Museu das Favelas: na zona Oeste da capital paulista

Agenda discutirá diferentes maneiras de habitar os grandes centros urbanos

A Casa Guilherme de Almeida abrigará em agosto a agenda “Territórios diversos e suas formas de vida”, para discutir diferentes maneiras de habitar os grandes centros urbanos, como favelas, ocupações e aldeias indígenas. O destaque da programação é o evento que aborda a luta desses territórios em manter a própria existência, em parceria com o Museu das Favelas, localizado na região central de São Paulo. A Casa Guilherme de Almeida é mantida pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo e gerenciado pela Organização Social Poiesis.

A partir de domingo até 24 de agosto, o Museu Casa e o Museu das Favelas realizam o evento Museus e Territórios, com uma série de atividades sobre modos de morar e ocupar espaços. No domingo, das 14 às 18 horas, a visita “Das representações modernistas às identidades artísticas faveladas” será guiada pelos educadores Beatriz Moraes, Kissy Luá, Rodrigo Vieira e Thainá Pimentel, com ponto de partida na Casa Guilherme de Almeida, onde haverá uma conversa sobre o modernismo brasileiro, suas representações e leituras de favelas. Após essa primeira parte da visita, os participantes se deslocarão para o Museu das Favelas, onde será abordada a cena cultural do funk e a importância da auto representação, com destaque para as releituras modernistas feitas pelo coletivo Funkeiros Cult. O coletivo é tema da exposição de mesmo nome em cartaz no Museu das Favelas, que retrata a cultura e identidade periférica.

Para mostrar ao público a importância da democratização da leitura e pesquisa por meio da manutenção de bibliotecas em instituições museológicas, no dia 22 de agosto, das 19 às 21 horas, acontece a roda de conversa “Bibliotecas de museus”, com participação do bibliotecário do Museu das Favelas, Sidnei Andrade, e mediação da conservadora-restauradora da Casa Guilherme de Almeida, Marlene Laky. O bate-papo abordará o trabalho de criação da biblioteca do Museu das Favelas, especializada em literatura de autores periféricos e estudos sobre os territórios à margem dos centros.

Complementando a atividade anterior, no dia 24 de agosto, das 10 às 17 horas, Marlene Laky realizará a oficina Noções de preservação e pequenos reparos de livros no Museu das Favelas. Além de direcionada ao público de bibliotecas e centros de memória comunitária, a atividade é aberta a todas as pessoas que buscam cuidar do acervo pessoal de livros e outros documentos carregados de afetos. Os participantes conhecerão procedimentos para estabilizar danos, como preenchimento de áreas, consolidação de rasgos, intervenção em lombadas danificadas, entre outros.

Para mais detalhes sobre as atividades que integram o evento Museus e Territórios, em parceria com o Museu das Favelas, acesse o site.

Ainda dentro da temática “Territórios diversos e suas formas de vida”, no dia 10 de agosto, às 14h30, haverá o encontro “Uma nova aldeia na Terra Indígena do Jaraguá”, com Neusa Poty, liderança da recente Tekoa Pindo Mirim, aldeia fundada em 2023. A atividade, após o Dia Internacional dos Povos Indígenas (9 de agosto), abordará as conquistas e dificuldades em fazer valer o direito ancestral em uma sociedade alheia aos costumes indígenas.

No dia 28 de agosto, das 19 às 21 horas, o pesquisador e mestre em História Social pela Unesp, João Gomes, traz o bate-papo “Primeiro albergue noturno de São Paulo”, com um raro material fotográfico sobre o primeiro – e na época o único – espaço da capital paulista para a população em situação de rua se abrigar durante as noites. Estas fotos, de 1957, são de uma pesquisa sobre a história da Associação Cívica Feminina, fundada em 1932 por Olívia Guedes Penteado , durante o boom dos ideais modernistas, do avanço do movimento sufragista feminino e como reação ao levante conhecido como “Revolução Constitucionalista”, que aconteceu no mesmo ano.

Para conhecer a agenda completa, acesse www.casaguilhermedealmeida.org.br/arquivos/territoriosdiversosesuasformasdevida.pdf

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