Decidir com liberdade

Luiz Carlos Ferraz

A propaganda eleitoral ao pleito de 6 de outubro, que escolherá prefeitos e seus vices e vereadores, iniciou oficialmente em 16 de agosto – ainda que há bom tempo, baseados na famigerada Lei de Gerson, os caciques partidários já tenham “colocado o time em campo”, como se diz na várzea. Nesta corrida antecipada por apresentar ideias e propostas aos eleitores, o clima na política brasileira não poderia ser outro, senão o que se viu nas últimas semanas, com a proliferação de notícias mentirosas, muitas das quais formatadas com recursos de Inteligência Artificial – exatamente como pretende enquadrar a legislação eleitoral – e difundidas em veículos de comunicação tradicionais e redes sociais. Se, a partir de agora, o dispositivo legal terá efetivamente o condão de controlar e impedir a propagação de informação falsa e manipulada, só o tempo dirá, cabendo ao Ministério Público Eleitoral, partidos, federações, coligações, candidatos representar à Justiça Eleitoral contra a propaganda irregular. Uma fiscalização, aliás, que pode e deve ser exercida também pelo eleitor, por meio do aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral, para que, sejam quais forem os seus candidatos, possa assistir a bons debates e decidir com liberdade.