Tabagismo impacta audibilidade
Estudo preliminar realizado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) indica que adultos fumantes apresentam resultados de audibilidade piores que os não fumantes. O ambulatório de Fonoaudiologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) realizou exames de audiometria em 16 indivíduos, sendo oito fumantes e oito não fumantes, com idades entre 18 e 40 anos, para analisar o impacto do tabagismo na audição.
Além da audiometria convencional que avalia as frequências de 250Hz a 8kHz, foi realizada audiometria de altas frequências, onde foram testadas as frequências de 9kHz a 18kHz. Na análise dos resultados, verificou-se que indivíduos fumantes, quando comparados a indivíduos não fumantes, tendem a apresentar resultados de audibilidade piores nos exames de audiometria convencional, assim como no exame que pesquisou os limiares em altas frequências.
Para a fonoaudióloga Claudia Colalto, a pesquisa dos limiares auditivos na faixa das altas frequências possibilita o diagnóstico precoce da perda auditiva, já que essas frequências costumam ser prejudicadas antes das pesquisadas na audiometria convencional (de 250Hz a 8kHz). “A perda auditiva interfere, principalmente, na compreensão da fala e deteriora de maneira expressiva a qualidade de vida do indivíduo. Desta forma, o diagnóstico precoce é mandatório para evitar sua progressão e minimizar suas consequências”, explica Claudia.