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Sexta, 26 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 255 Abril 2016

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Saiba como enfrentar a Xerostomia

Síndrome pode ser fisiológica ou indicar doenças sistêmicas

Saiba como enfrentar a Xerostomia

Condição que se caracteriza pela diminuição da produção salivar, a “boca seca” passa a se tornar um problema na Terceira Idade quando dificulta a deglutição e diminui a resistência bucal. É a chamada Xerostomia, palavra de origem grega que combina “xeros”, seco, com “stoma”, boca. Afinal, como alerta o cirurgião-dentista Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), todos precisam de saliva para digerir os alimentos, limpar a boca e controlar a população de bactérias, evitando infecções. De acordo com o profissional, quando não diagnosticada e tratada a tempo, a Xerostomia pode resultar, inclusive, na perda dos dentes.

“A síndrome da boca seca pode ser fisiológica ou indicar algumas doenças sistêmicas, acelerando o aparecimento de cárie, infecção bucal e, principalmente, gengivite”, salienta Cerri: “Além de comprometer a saúde bucal do idoso, acaba interferindo na saúde em geral e em sua qualidade de vida, porque o paciente naturalmente passa a comer menos e ingerir apenas alimentos macios ou líquidos”. A síndrome tem 12 sintomas muito comuns e que podem ser facilmente identificados – apesar de não exigir que ocorram todos ao mesmo tempo para caracterizar o problema: sensação pegajosa na língua; língua avermelhada, áspera ou seca; sensação ruim na garganta, como se fosse um pigarro; feridas nos cantos da boca; fissuras nos lábios; ardência lingual; mau hálito; sede frequente; dificuldade ao falar; rouquidão; secura nas vias nasais; dor de garganta.

Cerri afirma que, além do processo de envelhecimento, uma das causas são os efeitos colaterais de determinados medicamentos para tratar depressão, ansiedade, obesidade, dor, alergia, asma, incontinência urinária, mal de Parkinson etc. Também pode se tratar de um desdobramento de determinadas doenças, como diabetes, anemia, fibrose cística, hipertensão, artrite reumatoide, além de desidratação e danos ao sistema nervoso, principalmente após traumas ou cirurgias, e mesmo o tabagismo.

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