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Publicado na Edição 294 Julho 2019

Aplicativos auxiliam a inclusão

Daniela Sniadower e Gerardo Wisosky, pais de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fundaram a Apdif Aprendizagem Diferente. O projeto cria aplicativos para aumentar a autoestima e a independência, principalmente dos autistas, mas também pode ser utilizado por todas as pessoas com alguma dificuldade para se comunicar, executar, organizar, aprender, entre outras.

“As necessidades das pessoas com deficiência intelectual não são levadas em conta na sociedade e isso leva a um maior isolamento”, afirma Daniela: “A falta de ferramentas inclusivas nos motivou a desenvolver esse projeto. A tecnologia agora nos permitiu multiplicar e expandir nosso conhecimento com estratégias aprendidas nos últimos anos e, assim, atingir mais pessoas causando um impacto sobre essa população, suas famílias e seu meio ambiente”.

A Apdif desenvolveu quatro aplicativos com GeneXus, plataforma low-code que facilita a criação de aplicativos nativos e web responsivos para dispositivos móveis, baseada em Inteligência Artificial. Eles estão disponíveis gratuitamente nas lojas do Google e Apple nas versões em português, espanhol e inglês. E são utilizados em mais de 10 países, tanto em nível familiar, quanto institucional.

Dentre os aplicativos, o mais conhecido é o “ChatTEA”, que facilita a comunicação do autista com a família e amigos por meio da possibilidade de responder mensagens com imagens de múltipla escolha. Por exemplo, para uma pergunta “tudo bem?”, a pessoa com autismo tem três opções de resposta: um rosto feliz, um neutro e um triste.

Outras ferramentas são “Interagir”, que por sua vez, permite programar situações hipotéticas para ajudar o autista a praticar diálogos e, assim, reduzir a ansiedade da interação social.

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