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Editorias

Publicado na Edição 289 Fevereiro 2019

Estereotipias ajudam o autista

A campanha #eSeFosseSeuFilho circula nas redes sociais com a interpretação de atores no papel de pais de autistas que sofrem preconceito, especialmente nos dias em que o filho não está tão bem e se manifesta com gritos e movimentos agitados. Além de sofrer preconceito, a pessoa que apresenta movimentos repetitivos muitas vezes é contida, reprimida. Mas esses hábitos podem ser benéficos para momentos de ansiedade, ajudando o paciente a liberar tensão, organizar informações do ambiente e sentir-se mais calmo.

As estereotipias, como são chamados esses movimentos, se apresentam normalmente nos Transtornos do Espectro Autista (TEA) e síndromes, como a de Tourette, manifestando balanço do corpo, da mão, movimentos da boca, entre outros.

“O movimento repetitivo chama muito a atenção, mas também são classificados como estereotipias falas e tipos de linguagem muito excêntricos para a idade e contexto ou até mesmo rotinas muito rígidas”, exemplifica a psicóloga Giulianna Kume, do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (Cerne).

As estereotipias voltadas à linguagem são denominadas ecolalias, e se referem às palavras ou frases repetidas e, muitas vezes, desconectadas da situação. Essas repetições podem ser imediatas, logo após o paciente ter ouvido aquela informação, ou tardia, quando se refere a situações ouvidas anteriormente.

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