Avaliando as funções da retina
A pupila é responsável por regular a quantidade de luz que entra no olho, para que seja possível enxergar em diferentes condições de luminosidade. Em locais com maior claridade ela se contrai para proteger a visão do excesso de luz. Já em ambientes mais escuros, a pupila dilata para permitir maior entrada de luz. Localizada no meio da íris e conhecida como “menina dos olhos”, ela tem papel fundamental na nitidez da visão, mas sua função é mais ampla, pois esta pequena abertura circular e escura no centro do olho pode revelar sentimentos, problemas oculares e até indicar doenças neurológicas.
“A avaliação pupilar é um dos exames realizados nos atendimentos de emergência para avaliar a gravidade da condição do paciente e orientar o tratamento”, esclarece Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, neuro-oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da rede Vision One: “Ocorrências verificadas na pupila, como mudanças em seu tamanho e forma, podem indicar pistas importantes para identificar um acidente vascular cerebral (AVC), trauma craniano, aumento da pressão intracraniana, entre outras condições”.
Entre as circunstâncias que podem ser refletidas pela pupila, o médico citou as situações de excitação, medo, raiva, estresse, entre outras emoções, geram uma reação involuntária do sistema nervoso simpático que causa a dilatação da pupila. Também a ingestão de alguns medicamentos, de bebidas alcoólicas ou de drogas pode deixar a pupila dilatada.
De acordo com Rodrigues da Silva, nos pacientes que tiveram algum tipo de trauma ou sofrem de doenças neurológicas, a resposta das pupilas à luz durante a avaliação pupilar ajuda a identificar possível dano ou lesão grave no cérebro: “Em condições normais, o que se espera é que as pupilas possuam o mesmo diâmetro e diminuam de tamanho diante do feixe de luz. Caso isso não ocorra, são realizados mais exames para se chegar a um diagnóstico preciso”.
Já nas consultas oftalmológicas um exame de rotina é o de fundo de olho, também chamado de fundoscopia, que auxilia no diagnóstico de doenças oculares como glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI), podendo indicar diabetes e hipertensão arterial.