Randon aposta na diversificação
Nelson Tucci
Repartir o capital investido entre negócios que mantêm sinergia é a aposta do grupo Randon, empresa com 14 mil empregados e mais de 70 anos de atuação no Brasil e exterior. Apesar da maré braba que o setor enfrenta, como um todo, a companhia-mãe, de Caixas do Sul/RS, possui 29 plantas industriais e não faz feio para seus acionistas.
Ser uma organização de capital aberto (negociando ações na Bolsa de Valores sob o código RAPT4) pode ter vantagem competitiva, uma vez que o poder de capitalização é maior em relação aos concorrentes e, sempre, com o custo do dinheiro menor.
No ano passado, as empresas Randon registraram receita líquida de R$ 9,1 bilhões, representando crescimento de 67% sobre a base anterior, ano de 2020. O lucro líquido apurado, ao final de 2021, foi de R$ 697,6 milhões, sendo 5% maior que o ano anterior. Essa montanha de números são resultados recordes.
Já no primeiro trimestre deste ano, a receita líquida consolidada foi de R$ 2,5 bilhões, equivalendo a um avanço de 29,5% sobre igual período de 2021. O valor do preço médio dos produtos vendidos, somado à adição de novos negócios justificam a performance da Randon apresentada ao mercado, comenta a companhia. Para quem não acompanha mercado de capitais, um aviso: nem tudo são flores. O lucro líquido de R$ 130 milhões neste 1T22 foi menor do que o esperado (margem líquida é de apenas 5,3%), impactado pelo aumento das despesas financeiras – principalmente em razão da variação cambial e da subida dos juros no país. A dívida líquida (sem o Banco Randon) que era de R$ 1,4 bilhão no fechamento de 2021, subiu para R$ 2,1 bilhões no encerramento do trimestre inicial de 2022.
Noves fora, dá para se arriscar o palpite: mais oscilações virão no setor automotivo, prometendo novas e fortes emoções até o final de dezembro.
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