Edição 356 Setembro 2024
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Terça, 15 De Outubro De 2024
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Publicado em 11/10/2024 - 6:59 am em | 0 comentários

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Trabalhar segundo relógio biológico pode beneficiar rotina de freelancers

Chronoworking: mais produção em horários distintos

Trabalhar segundo relógio biológico pode beneficiar rotina de freelancers

O conceito chronoworking, ou cronotrabalho, ganhou força nos meios profissionais, nos últimos meses, ao sugerir que trabalhadores adaptem seus horários de trabalho ao seu ritmo biológico, e não ao ritmo imposto pela jornada convencional da empresa ou do mercado, para aproveitar melhor seu próprio pico de produtividade e render mais. A aplicação é uma vantagem para os freelancers, que têm flexibilidade de horários para entregar projetos.

“Freelancers podem tirar proveito dessa onda porque, ao identificar em que momento os picos de energia e cansaços surgem, eles podem adaptar suas rotinas de trabalho da forma mais confortável. Colocar pessoas noturnas para atuar em horários matinais, ou vice-versa, pode fazer o rendimento cair, afetando a produtividade e, sobretudo, a autoestima profissional. Ao respeitar os ciclos naturais, prevalecem o bem-estar mental e físico, elementos importantes para a jornada autônoma”, comenta Samyra Ramos, gerente de marketing na Higlobe, fintech de recebimentos para profissionais brasileiros que trabalham remotamente para os EUA.

O método funciona para trabalhadores que atuam de forma remota para clientes do exterior. Por conta dos fusos horários, seguir uma rotina “linear” pode ser complicado, prejudicando as entregas e a disposição no dia a dia (ou noite). Para a especialista, esse é um dos casos práticos em que o conceito pode ser mais útil, pois permite que o freelancer siga o ciclo mais favorável ao seu cronotipo e não precise seguir um fuso horário que o leva à exaustão.

São quatro cronotipos apontados pelo psicólogo Michael Breus. Os “leões” acordam por volta das 5 horas, vão dormir antes das 22 e são mais produtivos pela manhã, realizando as tarefas mais intensas até o meio-dia (cerca de 15% das pessoas se enquadram neste); os “ursos” acordam por volta das 7 horas, dormem perto das 23 e são mais produtivos entre 10 e 14 horas (é o tipo mais comum, entre 50% a 55% das pessoas).

Também há os “lobos”, com dificuldade de acordar antes das 9 e de dormir antes da meia-noite. Eles sentem o pico de energia quando a maioria das pessoas está diminuindo, entre 12 e 16 horas (entre 15% e 20%). Por fim, os “golfinhos” são propensos a insônia, mas têm uma boa janela de produtividade, geralmente das 10 às 14 horas (10% dos profissionais).

Reconhecer com qual cronotipo se identifica auxilia freelancers a delimitarem melhor suas horas de trabalho. “Uma das principais vantagens disso é que aumenta o desempenho das atividades e, portanto, conquista-se a qualidade de vida. Realizando mais em menos tempo – de forma organizada e saudável – há mais equilíbrio entre a vida profissional e profissional”, comenta Samyra.

Um empecilho da modalidade costuma ser o processo de adaptação para aqueles profissionais que têm dificuldades em gerir seu tempo e demandas. No entanto, colocá-la em prática não é impossível. O ideal é que a implementem aos poucos, para se acostumarem e criarem o hábito da organização e autogestão, fatores essenciais no uso do chronoworking.

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