73,7% dos usuários deixariam de usar um app se este sofresse uma violação
A Appdome divulgou resultados de seu novo estudo de 2023 sobre Expectativas Globais dos Consumidores em Segurança de Aplicativos Móveis, com dados e respostas de 25.000 consumidores que forneceram insights sobre o uso de seus aplicativos móveis, bem como expectativas e desejos em relação à segurança dos apps e proteção contra fraudes, malware e outras ameaças móveis.
A pesquisa foi realizada em 12 países e constatou neste ano que os aplicativos móveis são o canal preferido globalmente em relação às plataformas digitais/web e que os consumidores se preocupam com a segurança dos apps. A maioria dos consumidores (82,4%) está exigindo uma nova abordagem para a fraude móvel – preveni-la proativamente antes que aconteça, ao invés de reembolsá-los após a ocorrência da fraude. Isso representa uma mudança na abordagem de proteção contra fraudes e praticamente torna as soluções antifraude existentes obsoletas.
A pesquisa também mostrou que mais da metade dos consumidores entrevistados (56,2%) afirmaram que as marcas e os desenvolvedores de aplicativos móveis devem ser responsáveis por garantir uma experiência segura para o consumidor, superando muito todas as outras opções. Além disso, quatro em cada 10 pessoas (41,8%) afirmam que elas, um familiar ou um amigo foram vítimas de um ataque cibernético, fraude móvel ou malware.
“Dadas essas descobertas, as marcas e empresas de aplicativos móveis que buscam aumentar a adoção, reduzir o custo de aquisição de clientes e alcançar volumes de transações mais altos devem ficar atentos”, disse Richard Stiennon, fundador e analista-chefe de Pesquisa da IT-Harvest, autor da introdução da pesquisa deste ano: “A segurança de aplicativos móveis é fundamental para qualquer estratégia de aplicativo móvel.”
A falta de proteções dentro do aplicativo contra ameaças de segurança, fraudes e malware pode ter consequências graves para as marcas, com 73,7% dos consumidores afirmando que provavelmente ou muito provavelmente deixariam de usar um app se este sofresse uma violação. Da mesma forma, 67,5% dos consumidores afirmaram que deixariam de usar um aplicativo móvel apenas com base na percepção de que o aplicativo carecia de proteção suficiente.
Por outro lado, as marcas de aplicativos móveis podem colher recompensas ao proteger seus usuários finais: 93,6% dos consumidores dizem que se engajariam em múltiplas formas de defesa da marca para aplicativos móveis que atendessem ou superassem suas expectativas de segurança, contribuindo para o sucesso do aplicativo.
Com os consumidores cada vez mais migrando dos canais baseados na web, surgiu demanda por segurança de aplicativos móveis, com maioria dos entrevistados, 85,6%, indicando que protegê-los contra ameaças de segurança, fraudes e malware é igualmente ou mais importante do que novos recursos.
Da mesma forma, 48,4% dos consumidores globais afirmaram que exigem “a melhor proteção” ao usar aplicativos móveis, ou seja, “proteger o login e os dados, impedir malware e prevenir fraudes móveis”. Isso é 554% maior do que o número de consumidores globais que disseram que proteger apenas o login era suficiente. Essas revelações devem estimular marcas de consumo e equipes de cibersegurança a trabalhar juntas e direcionar sua mentalidade e orçamentos de segurança para celular em primeiro lugar.
“Os aplicativos móveis continuam sendo uma força dominante no cenário do consumidor, moldando uma narrativa onde a própria base da lealdade à marca pode estar ancorada na segurança”, disse Tom Tovar, CEO e co-criador da Appdome: “À medida que mais marcas tentam se conectar com seus clientes por meio de aplicativos móveis, é imperativo que trabalhem em estreita colaboração com equipes de cibersegurança para fornecer aos usuários de aplicativos móveis a tranquilidade quanto às suas demandas por aumento da proteção de aplicativos móveis”.
Os consumidores mais jovens superam os mais velhos quando se trata do uso de aplicativos móveis em geral e especificamente para fazer compras. Por exemplo, 59,6% dos consumidores de 25 a 44 anos e 51,5% dos consumidores de 18 a 24 anos preferem usar aplicativos móveis para compras, em comparação com apenas 41,7% dos consumidores com mais de 45 anos.
Em todos os grupos etários, o uso de aplicativos móveis está acima dos canais digitais/web. Mais de 40% dos consumidores estão passando mais tempo em aplicativos móveis, sendo que aplicativos de compartilhamento de caronas, saúde e bem-estar, e viagens são os que mais ganham em uso, com aumentos de 17,3%, 13,3% e 8,6%, respectivamente, em comparação com 2022.
55,1% dos consumidores globais classificaram “fraude sintética”, que inclui roubo de identidade, apropriação de contas (ATOs), aplicativos/transações falsas e ataques similares, como seu maior medo ao usar aplicativos móveis. 23,9% dos entrevistados acreditam que a marca ou desenvolvedor móvel não se preocupa com suas necessidades de segurança, sendo essa a preocupação de crescimento mais rápido, subindo de apenas 6,7% em 2021, um aumento de 256%.
A pesquisa foi aplicada em 25 mil pessoas de 12 países de diferentes continentes: Estados Unidos, Argentina, Austrália, Brasil, Colômbia, Alemanha, Israel, México, Filipinas, Singapura, Espanha e Reino Unido. O intuito do estudo é compreender a expectativa dos consumidores em relação à segurança dos aplicativos móveis que utilizam em seus dispositivos.