Literatura com magia, suspense, diversão
Autora de quase 50 livros, Helena Gomes gravou seu depoimento ao Programa Memória-História Oral em 25 de maio de 2017, no estúdio da Universidade São Judas – Campus Unimonte. Autodefinida como escritora e nerd dos velhos tempos, Helena conta sobre sua paixão pela criação de histórias com magia, aventuras movimentadas, tramas de suspense e romances divertidos.
Helena Gomes nasceu em Santos em 12 de setembro de 1966, e passou boa parte de sua infância e adolescência no bairro da Vila Belmiro. Estudou nos colégios Olavo Bilac e do Carmo, onde fez o curso de Tradutor e Intérprete, e a graduação em Jornalismo foi cursada na Faculdade de Comunicação da Universidade Católica de Santos. Com livros adotados em escolas e selecionados por programas como Biblioteca Itaú Criança, Programa Nacional Biblioteca da Escola, Programa Nacional do Livro e Material Didático Literário, Minha Biblioteca e Apoio ao Saber, Helena foi vencedora do Prêmio Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) 2019, na categoria Reconto, e quatro vezes finalista do Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira.
Cinco livros seus receberam o selo Altamente Recomendável da FNLIJ, e tem obras escolhidas para representar a Literatura Brasileira no catálogo Selection of Brazilian Writers, Illustrators and Publishers da FNLIJ para a Feira do Livro Infantil de Bolonha (2015, 2017, 2018 e 2019) e na Machado de Assis Magazine nº 6, editada pela Biblioteca Nacional e lançada no Salão do Livro de Paris em 2015. Participa ainda de antologias, como Geração Subzero (Record, 2012), Ficção de Polpa 3 (Não Editora, 2009), O Livro Negro dos Vampiros (Andross, 2007), Dias Contados (Andross, 2009), Marcas na Parede (Andross, 2009), Meu Amor é um Vampiro (Draco, 2010) e Medieval (Draco, 2016).
Em 2020 Helena Gomes lançou Uma Aventura Corsária (Edelbra), que pode ser classificada como literatura fantástica: dedicada ao público infanto-juvenil, narra uma aventura pelos mares no período das grandes navegações, com seres humanos e criaturas mitológicas como a Iara e o Hipupiara. Na história, temas polêmicos para que os jovens leitores reflitam, como a escravidão, a questão indígena e a de gênero: “A personagem principal é uma mulher escrava que deseja a liberdade”, conta a autora.
A obra narra um ataque à Vila de Santos no dia de Natal, fato que realmente ocorreu no século XVI, com os corsários comandados pelo pirata Thomas Cavendish. Segundo a autora, “coloco esses fatos no livro até como uma espécie de homenagem, pois acho legal mostrar para as pessoas que eles realmente aconteceram”. Com ilustrações do designer gráfico e cartunista Rodrigo Rosa, o livro ainda menciona o padre José de Anchieta e o monstro marinho Hipupiara, que fazia parte da mitologia dos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil naquela época.
A entrevista completa de Helena Gomes está no canal oficial do Programa Memória-História Oral no Youtube, em www.youtube.com/c/programamemoriahistoriaoral
Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br