Entre o Jornalismo e a Literatura
O escritor e jornalista André Argolo foi entrevistado pelo Programa Memória-História Oral em 23 de maio de 2017 na Sala Serafim Gonzalez, da Casa de Frontaria Azulejada, localizada no Centro Histórico de Santos. Em seu depoimento, Argolo conta sobre sua passagem em emissoras de televisão de alcance nacional, sua opção pela literatura e lembra memórias da infância e adolescência vividas na cidade natal.
André Argolo nasceu na Casa de Saúde de Santos em 17 de março de 1974, e passou a infância e adolescência nos bairros do José Menino e Embaré. Estudou nos colégios Liceu Santista, Marza e Primo Ferreira, onde, aos 17 anos, já tinha decidido que iria cursar Jornalismo. Formou-se em 1995 na Faculdade de Comunicação Social da Universidade Católica de Santos (UniSantos).
De 1993 a 2012 trabalhou como repórter nas emissoras TV Globo, ESPN e TV Cultura. Nos últimos anos atua produzindo vídeos para editoras, em linguagem documental, sobre autores e livros: “É uma mescla, algo entre Jornalismo e Literatura, não sendo nem uma coisa nem outra. Mas convivo no meio da Literatura, o que eu desejava. Aprendo com quem entrevisto”. Atualmente é responsável pela PublishNews TV, do site PublishNews, especializado no mercado editorial e livreiro.
A partir da pós-graduação em Formação de Escritores e Especialistas em Produção de Textos Literários do Instituto Vera Cruz, André se afirmou como autor e publicou “Vento Noroeste”, pela Editora Patuá, em 2014. O segundo livro veio em 2018: “Bazar” (Ateliê de Palavras), feito em parceria com o arquiteto e artista plástico Éber de Góis, padrasto de Argolo.
Quanto ao seu processo criativo, o escritor nos conta que é “caótico”. Prefere escrever pela manhã, mas confessa não ter muita disciplina: “Meu livro ‘Vento Noroeste’ nasceu na pós-graduação, foi o trabalho de conclusão de curso. Então foi provocado pelas aulas, por 40 anos de vida, por uma visão de mundo catastrófica que me tomava então, além do prazo. Escrevi quase tudo em três meses, mas tive um ano de leituras de colegas e professores da pós, além da leitura final na banca, e então mexi, repensei, reescrevi”.
Sobre os autores que tem como referência, André cita Carlos Drummond de Andrade, “principalmente pelo livro ‘A rosa do povo’ (1945)”. E acrescenta: “Rubem Braga, García-Marquez, Hannah Arendt, Manuel Bandeira, Borges, Affonso Romano de Sant’Anna, Ana Martins Marques, Nicolas Behr. Muitos outros escritores e escritoras eu admiro muito, mas esses são os que leio e releio constantemente. Saramago também me influenciou muito, pelo modo de pensar e compor pensamento na Literatura”.
A entrevista completa de André Argolo pode ser vista no canal oficial do Programa Memória-História Oral no Youtube, no endereço www.youtube.com/programamemoriahistoriaoral
Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br