Artista de carreira multifacetada
José Roberto Torero gravou seu depoimento ao Programa Memória-História Oral no dia 26 de setembro de 2012, no estúdio da Universidade São Judas (Campus Unimonte). Na entrevista, Torero contou sobre sua infância vivida no bairro do Macuco, sua vida pessoal e sua agitada vida profissional, que vai da literatura ao cinema.
José Roberto Torero Fernandes Junior nasceu em Santos, em 11 de outubro de 1963, e passou a infância no bairro do Macuco, onde morava em uma casa ao lado do Colégio Cidade de Santos. É escritor, jornalista, roteirista e cineasta, tendo dirigido vários curtas, entre eles: Amor!, A Inútil Morte de S. Lira, O Bolo (Felicidade é…) e o longa Como Fazer um Filme de Amor. Como roteirista assinou produções como Pequeno Dicionário Amoroso, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Pelé Eterno, Uma história de futebol (que concorreu ao Oscar em 2001, na categoria de curta de ficção), além de programas de televisão, como Retrato Falado.
Em sua carreira de escritor, Torero tem se destacado entre os talentos da nova ficção brasileira. Ganhou o prêmio Jabuti em 1995 com o livro O Chalaça. Publicou mais de 50 livros, entre eles Ira – Xadrez, Truco e Outras Guerras, Os Vermes, e Papis et Circenses. A presença do escritor no universo literário infantil também merece destaque, com seis títulos da coleção Fábrica de Fábulas, da Editora Objetiva, entre eles: Branca de Neve e as Sete Versões, Chapeuzinhos Coloridos, e os Oito Pares de Sapatos de Cinderela.
Torero formou-se em Letras e Jornalismo pela Universidade de São Paulo. No Jornal da Tarde, na capital paulista, iniciou sua carreira de cronista, e depois começou a escrever textos sobre futebol para a revista Placar. Teve duas passagens como colunista da Folha de S. Paulo, no caderno de esportes, e ainda fez um blog para o portal UOL.
Sobre como começou a escrever para o público infantil, Torero relatou: “Em 2000, escrevi com Maurício Arruda o roteiro de um curta-metragem que concorreu ao Oscar (até fui à cerimônia, de smoking e tudo). Não ganhamos o prêmio, mas o diretor ficou animado e pediu que eu e Maurício fizéssemos o argumento de um longa-metragem baseado no curta. Infelizmente o filme não saiu. Mas usei o argumento para fazer o livro Uma história de futebol. Para minha surpresa, achei bem divertido escrever para crianças. E ficou mais divertido ainda quando fui, pela primeira vez, a uma escola pública na periferia de São Paulo, cujos alunos tinham lido o livro. Foi emocionante. Desde esse dia, passei a escrever mais para crianças do que para adultos”.
O depoimento completo de José Roberto Torero pode ser assistido no canal oficial do Programa Memória-História Oral no Youtube, no endereço www.youtube.com/programamemoriahistoriaoral
Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br