Expressiva valorização

Nelson Tucci

“Acho que vamos fabricar caminhões com três anos de uso”, disse Marco Saltini, Head de Caminhões da Volkswagen do Brasil, em tom de blague, durante a entrega do Prêmio Maior Valor de Revenda – Veículos Comerciais. Isto porque esta categoria de veículos tem valorização de até 16%, ao invés de depreciação.

Com índices positivos de 16,1% e 14,5%, após três anos de uso, o Mercedes-Benz Sprinter 416 e o Iveco Daily Chassi obtiveram as melhores avaliações, respectivamente, nas categorias Caminhões e Utilitários de Carga, na 10ª edição do Selo Maior Valor de Revenda – Veículos Comerciais, da Agência AutoInforme. A entrega dos troféus às vencedoras de 15 categorias aconteceu no dia 12 deste mês, na sede da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), na capital de São Paulo.

No ano passado, os organizadores decidiram subdividir a categoria Pesados em caminhões “Até 400 cv de potência”, “De 401 cv a 499 cv” e “Acima de 500 cv”. Nesta 10ª edição, foi subdividida a categoria Semipesados em 4×2, 6×2, 6×4, 8×2 e 8×4, porque as aplicações e faixas de preços são distintas, passando de 11 para 15 categorias.

Além dos “Campeões Gerais”, outros 13 modelos foram contemplados pelo Selo Maior Valor de Revenda – Veículos Comerciais 2024. Na categoria Utilitários, além do Iveco Daily Chassi (camioneta de carga e campeão geral +14,5%), venceram o Mercedes-Benz Sprinter Furgão (furgão de carga), Peugeot Expert Furgão (furgoneta de carga) e o Mercedes-Benz Sprinter Van 416 (minibus).

No grupo Caminhões, o Mercedes-Benz Accelo 1016 (leve +12,7%), o Iveco Tector 11-190 (médio +7,3%), Volkswagen 26-260 Constellation (semipesado 6×4 -2,9%), o Mercedes-Benz Atego 2426 (semileve 6×2 +5,9%), o Mercedes-Benz Atego 3030 (semipesado 8×2 +9,8%), Volvo VM 270 (semipesado 8×4 +4,4%), Volvo VM 270 (semipesado 4×2 -2,0%), o Mercedes-Benz Atego 2730K 6×4 (pesado Até 400 cv -2,8%), o Volvo FH-460 6×2 (pesado De 401 cv a 499 cv +3,9%), e o Volvo FH-540 6×2 (pesado Acima de 500 cv +8,6%).

Na avaliação de Luiz Cipolli Jr., responsável pelo estudo, os resultados obtidos pela Mercedes-Benz, nos últimos 10 anos da certificação, “demostraram o reconhecimento do mercado, por meio da qualidade do produto em si e pelos serviços de pós-venda oferecidos pela montadora alemã”.

O diretor da Agência Autoinforme, Joel Leite, diz que a depreciação/valorização depende de vários fatores: do tamanho do veículo, da marca, da rede de revendedores, do cuidado que a marca tem em relação ao pós-vendas, ao segmento, a origem, ao fato de ter grande volume de venda, à sua aceitação no mercado.

Nelson Tucci é jornalista, editor de Veículos & Negócios, toda segunda-feira também em www.veiculosenegocios.blogspot.com.br

Aline Rovath, da Iveco, e Fábio Silva, da Mercedes-Benz