Edição 367 Agosto 2025
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Domingo, 05 De Outubro De 2025
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Publicado na Edição 366 Julho 2025

Fotos Divulgação

Paixão à primeira vista

Ford Tudor 1930: motor 4 cilindros 3.3 litros entrega 40 cv de potência

Paixão à primeira vista

Nelson Tucci

Há várias maneiras de se apaixonar na vida: por pessoas, animais, objetos, músicas, automóveis… E só reconhece o real valor dessa paixão quem um dia se deixou seduzir.

Apreciar carros antigos, como o modelo Tudor 1930, é uma das coisas que enche os olhos e deixa o coração quentinho. Apaixonar-se pelo Fordinho não é algo tão incomum assim. Incomum é passar batido pelo modelo e não babar…

Resgatado há sete anos da alta ferrugem e abandono, em Minas Gerais, e cuidadosamente restaurado, o “Model A” da foto foi devolvido à boa e velha forma, com muito custo (em suor e dólares também). E será este Ford Tudor 1930 a estrela maior, e um dos 40 carros em exposição que abrirá o Parque Automotivo Temático Model A Village, ora em construção na cidade de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Inauguração é prevista para dezembro deste ano.

Ronei Weber, dono do veículo, é empresário e historiador e foi diversas vezes ao exterior garimpar parte dos componentes desta belezura. “Todas as peças cromadas vieram dos Estados Unidos, como colete do radiador, faróis, faroletes, lanternas traseiras, tampa de tanque, maçanetas de porta, máquinas de vidro, velocímetro, marcador de combustível, buzina e volante, entre outras”, enumera Ronei, acrescentando que conseguiu encontrar algumas peças antigas no mercado nacional também, uma vez que o segmento registra crescimento no Brasil.

De MG o carro foi levado para Concórdia, no Oeste catarinense, e a restauração do icônico modelo ficou com os irmãos William e Ricardo Matiolo, sócios da Matiolo Mecânica & Restauração, e mais 12 colaboradores. Do inglês “two door” o modelo traz o nome Tudor, e garante uma potência de 40 cavalos, ostentando motor de 4 cilindros 3.3 litros, conjuntamente com o câmbio manual de 3 marchas.

A parte mecânica estava em melhor estado, mas ainda assim foi necessário retificar motor e transmissão. A pintura foi fiel à cor original “vermelho blueberry”, um tom de marrom avermelhado que valoriza as linhas do carro. Todo o processo de recuperação levou 12 meses, prazo recorde em se tratando de uma restauração com esse nível de complexidade, comenta William Matiolo. E se depois de ler esta matéria você ficou a fim de ouvir essa história ao vivo, e não quer esperar até dezembro, visite a Expoclassic 2025, de 22 a 24 de agosto próximo, em Novo Hamburgo/RS.

Nelson Tucci é jornalista, editor de Veículos & Negócios, toda segunda-feira também em www.veiculosenegocios.blogspot.com.br

Resgatado há sete anos da alta ferrugem e abandono

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