Fatores de risco ao câncer de pele
Devido à alta incidência solar pela localização tropical, o tumor do tipo não-melanoma é o mais comum no Brasil, correspondendo a 30% de todos os diagnósticos de câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acontece que 3% dos tumores de pele são do tipo melanoma, mais raro e agressivo, que pode causar metástase e até a morte. Para se proteger desse tipo de câncer, além de fazer avaliação anual das pintas com um dermatologista, recomenda-se uso de protetor solar adequado ao tipo de pele e não se expor ao sol nos horários de pico, entre 10 e 16 horas.
Segundo a dermatologista Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além da exposição solar, há mais 10 fatores que muitos não conhecem. “Uma pinta ou marca de nascença é um tumor benigno”, diz a médica. A maioria surge em crianças e adultos sem grandes problemas, mas “pessoas com muitos desses sinais têm um risco aumentado para desenvolver o melanoma”.
Ela explica que as pintas displásicas são atípicas e, muitas vezes, parecem com pintas normais, mas têm características do melanoma: “Algumas pintas displásicas podem evoluir para melanomas”. Já as pintas de nascença são chamadas de pintas melanocíticas congênitas e o risco de virar um melanoma varia de 0% a 5%, dependendo do tamanho. Quanto maior a pinta, maior o risco.
“O risco de melanoma é maior para brancos do que para os negros. Os brancos com cabelos ruivos ou loiros, olhos azuis ou verdes ou pele clara com sardas ou que se queimam facilmente têm um risco aumentado para a doença”, frisa Maria Paula, ao apontar que cerca de 10% dos pacientes com melanoma têm histórico familiar da doença: “Por isso é recomendável que os familiares próximos, como pais, irmãos e filhos, façam autoexame rotineiramente, consultem o dermatologista regularmente e reforcem a proteção solar”.
Pessoas que tiveram melanoma têm risco aumentado para desenvolver novos tumores.