Disfunção cognitiva na esclerose múltipla
O diagnóstico precoce da esclerose múltipla é o maior aliado do paciente, já que com o tratamento, a evolução da doença pode ser controlada, garantindo uma vida social mais ativa. Segundo dados da National Multiple Sclerosis Society, dos Estados Unidos, que estuda e difunde pesquisas sobre a doença, mais da metade das pessoas com a esclerose múltipla poderão desenvolver problemas com a cognição, que diz respeito a uma gama de funções cerebrais de alto nível. A neurocientista e neuropsicóloga Carina Spedo afirma: “Combinando a clínica, exames de imagem tradicionais e exames neuropsicológicos, é possível avançarmos no diagnóstico precoce, garantindo melhor qualidade de vida para os pacientes – dado que hoje temos à disposição tratamentos transformadores do curso natural da doença”.
Nas doenças desmielinizantes, como é o caso da esclerose múltipla, as lesões cerebrais características podem ser sutis no primeiro momento, e o paciente pode não apresentar qualquer comprometimento físico e motor. Porém, é possível que já haja algum prejuízo cognitivo.