Primeira entidade assistencialista do Brasil
Fundada em 12 de outubro de 1879 por rapazes dinâmicos envolvidos na produção de um pequeno jornal dominical – O Caixeiro –, a Sociedade Humanitária conclamou a classe comercial santista à criação de uma entidade que pudesse propiciar amparo e socorro aos seus associados, a chamada “classe caixeiral”, além de oferecer espaço para cultura, conhecimento e lazer. No ano seguinte, 1880, criou a maior biblioteca da cidade (até hoje existente), uma banda musical, grupos teatrais e um setor assistencialista que atendia nas áreas ambulatorial e dentária.
A instituição foi a primeira e única de caráter assistencial a participar de todos os eventos santistas, como, por exemplo, no socorro aos feridos da Revolução de 1932.
Sedes
A primeira sede da Humanitária foi inaugurada em 7 de setembro de 1891, na rua Amador Bueno, 256. Alguns anos depois, o prédio acabou vendido para a Cúria Diocesana. Foi quando a instituição passou a atender na rua XV de Novembro.
Ao longo dos anos a associação cresceu bastante, exigindo novas acomodações. Em 1929 iniciou-se a construção da nova sede, cujas obras foram concluídas em outubro de 1931. Localizada nas imediações do Fórum, na Praça José Bonifácio, a edificação teve a assinatura dos arquitetos Frederico de Sabóia e Silva e Paulo da Silva Costa.
Devidamente instalada, a Sociedade Humanitária passou a oferecer aos seus associados, cursos de português, francês, inglês, alemão, escrituração mercantil e aritmética. No entanto, com a intensificação dos cursos regulares pela cidade, estes acabaram extintos.
O edifício da Humanitária é uma pérola histórica. Sua biblioteca, então, é uma atração à parte, assim como seu magnífico salão de festas, um dos mais belos da cidade. Nele, por muitos anos, a juventude santista participou das tradicionais vesperais promovidas pelo Centro dos Estudantes de Santos e outras agremiações estudantis. Também contavam com as melhores orquestras da cidade nas décadas de 1950 e 1960, com destaque para Cabral Júnior, Haroldo Moura, Hamleto, J. Pinto, Simonei, Mário Folganes e outras de grande sucesso.
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