“Vou trabalhar incansavelmente”
Eleito com 123.138 votos, o ex-vereador Caio França (PSB), 26 anos, é um dos dois representantes da Baixada Santista na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O outro é Paulo Correa Júnior (PEN), nosso entrevistado na edição de janeiro passado. A região, aliás, teria três deputados, porém, Cássio Navarro (PMDB), de Praia Grande, que obteve 50.093 votos, foi rebaixado a suplente após retotalização dos votos feita pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deixando a vaga para Vanessa Damo (PMDB), do Grande ABC, que somou 80.684 votos. “Digo que vou trabalhar incansavelmente pelo desenvolvimento da nossa região”, declarou Caio, em entrevista ao jornal Perspectiva: “A Baixada deve ser protagonista nos próximos anos com investimentos do governo estadual”.
Como o sr. avalia sua eleição para a Assembleia Legislativa?
Tenho muito a agradecer pela confiança. Tive uma excelente votação na Baixada e isso aumenta a responsabilidade. Creio que depois de uma eleição conturbada em 2012, para prefeito de São Vicente, conseguimos dar a volta por cima.
O que São Vicente, enfim, a Região Metropolitana da Baixada Santista pode esperar de sua ação como deputado estadual?
A Baixada Santista contará com o nosso mandato em todos os sentidos. Tanto para ajudar com emendas, como para influenciar em ações de interesse público. Pretendo estar sempre próximo das pessoas para facilitar a atuação.
Qual será sua estratégia visando colaborar com soluções para os problemas da região?
Creio que a proximidade com as cidades facilita a atuação. Além disso, o fato de ser jovem possibilita ter muita energia e boa vontade. Já estive com praticamente todos os prefeitos para traçar um diagnóstico regional.
Como o sr. pretende administrar sua ação parlamentar em relação ao governo Alckmin, considerando o fato de seu pai, Márcio França, ser o atual vice-governador do Estado?
Vale salientar eu sempre admirei o governador Alckmin pela postura de homem público sério e reto.
Como o sr. avalia as principais necessidades da região?
A Baixada Santista tem um potencial muito grande de crescimento econômico. Porém, as desigualdades sociais ainda são grandes. Temos problemas sérios de mobilidade urbana, habitação, saúde e segurança. Estou muito animado e acredito que posso contribuir muito para diminuir essa desigualdade.
Quais as suas propostas para enfrentar o déficit habitacional?
Com relação a habitação, os governos federal e estadual precisam aumentar os investimentos. Além disso, os municípios precisam contribuir com áreas para a construção de conjuntos habitacionais. Não podemos esquecer de controlar as invasões, que será um problema eterno.
Considerando o potencial da construção civil na Baixada Santista como o sr. pretende incentivar este segmento?
Creio que precisamos muito do pequeno e grande investidor da construção civil. As parcerias em relação à isenção ou diminuição de tributos em locais menos desenvolvidos pode ser um caminho. Além, claro, da desburocratização de alguns órgãos.