Santos, 1ª em meio ambiente e 7ª entre as cidades mais inteligentes do país
Santos, no litoral paulista, com 433 mil habitantes, segundo o IBGE, está entre as 10 cidade mais inteligentes e conectadas do Brasil, de acordo com a 6ª edição do Ranking Connected Smart Cities 2020. Santos atingiu o 1º lugar em meio ambiente, 3° entre as cidades de 100 a 500 mil habitantes e urbanismo e ficou em 7º lugar no ranking geral.
Hoje encerra o Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience 2020, iniciado na terça-feira, que acontece no formato virtual. O evento divulgou o resultado do estudo elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta. Esta é a 6ª edição e mapeia todos os 673 municípios com mais de 50 mil habitantes, com o objetivo de definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.
A primeira colocada no ranking geral foi São Paulo/SP, seguida por Florianópolis/SC, Curitiba/PR e Campinas/SP. Na 5ª colocação está Vitória/ES, seguida por São Caetano do Sul/SP, Santos/SP, Brasília/DF, Porto Alegre/RS e em 10º lugar Belo Horizonte/MG.
Além de sétima colocada como a cidade mais inteligente e conectada do Brasil, Santos se destacou com o 1º lugar em meio ambiente, 3º entre as cidades de 100 a 500 mil habitantes e urbanismo, 5º na região sudeste e 8º em governança.
A partir da edição 2019, o ranking incorporou conceitos e novos indicadores baseados na ISO 37122, Sustainable Cities And Communities – Indicators For Smart Cities, mantendo-se como a melhor referência para comparação e análise de cidades inteligentes no Brasil. O resultado é apresentado em quatro frentes: geral, por eixo temático, por região e por faixa populacional. O estudo é composto por indicadores de 11 principais setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia, mesmos eixos temáticos do evento nacional Connected Smart Cities.
“Nesses seis anos de atuação, a plataforma Connected Smart Cities vem desempenhando papel fundamental junto às empresas, entidades e governos na busca pela inovação, tendo como objetivo fundamental tornar as cidades brasileiras mais inteligentes e conectadas, principalmente no atual momento de pandemia da Covid-19”, comentou a CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities e Mobility, Paula Faria.
Prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, enfatiza a contribuição do ranking na implementação de ações na cidade: “O Ranking Connected Smart Cities contribuiu para espelhar as ações de implantação do Centro de Controle Operacional (CCO) e ajustar nossas políticas públicas. Como consequência, ajudou a desenvolver e estruturar o novo Parque Tecnológico de Santos, que tem o foco em áreas de desenvolvimento econômico e de tecnologia da Cidade. As atividades desenvolvidas transformarão muitas vidas com oportunidade de trabalho e cumprirá a vocação de atrair grandes empresas”.
No contexto da mobilidade, o prefeito acrescentou: “Trabalhamos em soluções que estão inseridas em um conjunto de medidas. A primeira delas trata da expansão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Centro Histórico de Santos, que será determinante para a sua revitalização. A ampliação desse modal vai garantir o transporte diário de mais de 35 mil pessoas e é mais um passo para a integração com outros modos de circulação pela Cidade. Como, por exemplo, com a malha cicloviária de Santos, que absorve milhares de usuários diariamente. Incluindo o programa de compartilhamento de bicicletas, Bike Santos, que já registrou mais de 3 milhões de viagens em sete anos de funcionamento”.
Santos destaca-se no quesito meio ambiente, eixo com maior tropicalização dos indicadores do ranking, apresentando níveis internacionais, com 100% de atendimento urbano de água e perdas de 14,3% na distribuição (média do país é superior a 30%); 100% de atendimento urbano de esgoto e tratamento de 97,6%; importante ressaltar que as cidades litorâneas do país, mesmo as maiores, possuem dificuldade em atender de forma satisfatória nos indicadores mencionados.
A recuperação de materiais recicláveis atinge 5,6% (na pesquisa anterior o índice era de 1,3%); 100% de cobertura do serviço de coleta de resíduos; sistema de monitoramento de área de risco.
No eixo Economia a cidade apresenta crescimento de 3,7% do PIB per capita, no último período analisado; 92,0% dos empregos na cidade estão no setor privado; 0,67 empregos formais por habitante referente a População Economicamente Ativa (PEA); 8,3% da força de trabalho está em ocupações nos setores de educação e pesquisa e desenvolvimento (eram 6,0 na pesquisa anterior); 70,4% da receita municipal não é oriunda de repasses.
Em relação a tecnologia e inovação, a cidade conta com 114 ligações à internet para cada 100 habitantes, 60% das conexões de Banda larga com mais de 34 mb de velocidade e 28,3% de crescimento das Micro Empresas Individuais.
A região Sudeste concentra as cidades mais inteligentes e conectadas, sendo seis municípios entre os 10 mais bem colocados (em 2019 foram seis e, 2018, sete). Três municípios são da região Sul e um do Centro-Oeste, sendo que as regiões Norte e Nordeste não têm representante entre os 10 melhores. Palmas/TO está na 32ª colocação no Ranking Geral e Recife/PE na 15ª. Na classificação por região, destacam-se: no Centro-Oeste, Brasília/DF com a 1ª colocação no Ranking Connected Smart Cities; no Nordeste, Recife/PE; no Norte, Palmas/TO; no Sudeste: São Paulo/SP; e no Sul: Florianópolis/SC. Jaguariúna/SP é o destaque das cidades entre 50 e 100 mil habitantes; de 100 a 500 mil: Vitória/ES; e acima de 500 mil habitantes: São Paulo/SP.
Para o presidente da Urban Systems e sócio da plataforma Connected Smart Cities, Thomaz Assumpção, o ranking ano a ano vem auxiliando as cidades a entenderem o seu nível de desenvolvimento inteligente e sustentável, oferecendo parâmetros para que as cidades possam se planejar e criar estratégias para tornarem-se mais humanas e propiciar qualidade de vida a seus habitantes.
“A edição 2020, diferentemente de outros anos, apresentou uma menor movimentação das cidades nas primeiras posições, refletindo a preocupação cada vez maior das cidades brasileiras em manterem e melhorarem seus indicadores. Destaque para o setor de tecnologia e inovação, que apresentaram melhora nos itens de infraestrutura e no setor de educação, que apresentou mais cidades com crescimento em seus indicadores”, enfatizou.
O primeiro lugar em urbanismo foi para Curitiba; mobilidade e acessibilidade: São Paulo/SP; meio ambiente: Santos/SP; empreendedorismo: Rio de Janeiro/RJ; economia: Barueri/SP; tecnologia e inovação: São Paulo/SP; saúde: Vitória/ES; educação: São Caetano do Sul/SP; segurança: Ipojuca/PE); e governança: Balneário Camboriú/SC.