Projeto do túnel imerso entre Santos e Guarujá avançou em 2021
O projeto do túnel imerso para a ligação seca entre os municípios de Santos e Guarujá ganhou força em 2021, assim como a Campanha “Vou de Túnel” que apresentou crescimento no período, tanto no apoio de autoridades e da população da Baixada Santista. Dois momentos foram destaque: o anúncio do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, sobre a escolha do governo federal pelo túnel imerso para a ligação seca, e a entrada do projeto na carteira de obras prioritárias do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Em agosto, tanto Freitas, como o secretário de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, garantiram que a obra será incluída no processo de desestatização do Porto de Santos, prevista para o primeiro semestre de 2022. Segundo a pasta, os investimentos no porto com a privatização podem chegar a R$ 16 bilhões em obras como o aprofundamento do canal e a ligação seca entre as duas margens.
Em 16 de dezembro, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia aprovou a qualificação do projeto de túnel imerso junto aos ativos a serem ofertados à iniciativa privada de forma prioritária. Os próximos passos são a contratação de estudos técnicos, a definição do modelo de contratação e a viabilização do leilão de escolha do investidor.
“O anúncio da escolha do túnel pelo governo e o aval do PPI são conquistas tanto para a Campanha Vou de Túnel, como para toda a população da região e para o Porto de Santos, já que a obra favorece a mobilidade urbana e o fomento aos negócios do complexo portuário”, afirma o porta-voz do movimento, o engenheiro Casemiro Tércio Carvalho.
Em 2021, o pool de empresas e associações que apoia a causa cresceu exponencialmente e alcançou cerca de 100 instituições que associam a sua marca ao movimento. Além do apoio do governo federal pelo projeto do túnel, o parlamento local também considera o túnel imerso a melhor alternativa para a ligação seca entre os municípios. Neste ano, nove câmaras municipais da Baixada Santista aprovaram moções de apoio ao projeto.
O apoio popular também cresceu. A petição on-line disponível no site da campanha já recebeu mais de 13,5 mil assinaturas desde o lançamento do movimento. Grande parte desse engajamento da comunidade local foi alcançado na realização de ações nas ruas dos dois municípios.
Neste ano, a Campanha Vou de Túnel realizou 11 ações nas ruas das cidades apresentando as vantagens e benefícios do projeto para a população. Nas ações promovidas da campanha, a população teve acesso a detalhes do projeto do túnel e recebeu máscaras de proteção. A blitz da Campanha Vou de Túnel seguiu as recomendações das autoridades sanitárias na prevenção à Covid-19.
A campanha também promoveu articulações com os poderes executivo e legislativo e participou de eventos e debates importantes durante o ano, como a reunião com o secretário nacional de Portos (Minfra), Diogo Piloni, e vereadores da Baixada Santista e a participação em audiência pública da Comissão de Viação e Transportes na Câmara dos Deputados.
O movimento também ampliou a visibilidade e repercussão na imprensa e nas redes sociais, com citações do projeto na mídia regional e nacional, além de crescimento de cerca de 27% nas redes.
Mesmo com grandes resultados em 2021, a campanha segue atuando em defesa do projeto do túnel imerso como única alternativa viável e que atende a mobilidade urbana, além de ser a opção mais rápida para o deslocamento e mais econômica para os cofres públicos. O movimento articula com stakeholders a realização do seminário “A importância do túnel Santos-Guarujá na mobilidade urbana da Baixada Santista”, previsto para o primeiro trimestre de 2022.
“O ano de 2021 foi positivo para o avanço da viabilização da obra do túnel para a ligação seca entre Santos e Guarujá”, diz Casemiro: “A Campanha Vou de Túnel continua no ano que vem com objetivo da consolidação do projeto. O encaminhamento definitivo da obra será fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população das cidades e para a economia, pois é a única alternativa que respeita a relação porto-cidade”.