Pé no freio
Nelson Tucci
Ao invés dos 9,4% projetados no início do ano, a produção de veículos no Brasil deverá ter 4,1% de crescimento sobre 2021, com 2,3 milhões de novas unidades totalizadas até dezembro. Esta é a estimativa revisada pela associação das montadoras (a Anfavea), justificando os novos números em razão da queda de vendas este ano, particularmente no primeiro trimestre.
“Mesmo com a recuperação no segundo trimestre, os fracos resultados do início do ano impactaram os números do primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2021”, disse Márcio Lima Leite, que baixou o ânimo desde a sua festiva posse realizada em Brasília, no mês de maio último. Inflação galopante, subida dos juros no financiamento e dificuldades persistentes nas linhas de montagens (com a falta de componentes no mercado) são um conjunto perverso de fatores apontados pelas montadoras para justificar o recuo de 5% no semestre (contra igual período do ano anterior) e refrear o ânimo daqui até o réveillon.
E para dizer que não falei das flores, o mercado externo deverá receber 460 mil unidades até 31 de dezembro, o que, se confirmado, representará alta de 22,2% sobre o ano passado.
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