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Publicado em 7/05/2024 - 6:59 am em | 0 comentários

Sebastião Salgado/Divulgação

“Maio Fotografia no MIS 2024” traz exposição inédita de Sebastião Salgado

Sebastião Salgado: Moçambique, 1974

“Maio Fotografia no MIS 2024” traz exposição inédita de Sebastião Salgado

O Museu da Imagem e do Som (MIS), na capital paulista, inaugura nesta sexta-feira, 10, o “Maio Fotografia no MIS 2024”. Com curadoria do diretor-geral do MIS, André Sturm, integram esta edição séries individuais de Sebastião Salgado, Thereza Eugênia, Sergio Poroger, Gabriel Chaim e Bruno Mathias. Além desses fotógrafos, a exposição conta com seleção da Coleção Allan Porter, trazendo imagens icônicas da memória coletiva do século XX e uma curadoria especial na coleção do próprio acervo MIS, com quatro fotógrafas.

“Após 12 anos de sua estreia e de sete edições realizadas, retomamos o projeto Maio Fotografia no MIS em sua essência: uma verdadeira ocupação fotográfica por todo o museu, contemplando desde novos talentos até grandes nomes nacionais e internacionais do meio”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS e curador geral da exposição.

Estas são as exposições programadas:

50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal. Sebastião Salgado apresenta uma série inédita, com curadoria do jornalista Leão Serva. A partir de registros feitos por Sebastião na década de 1970, em Lisboa, na cobertura da Revolução dos Cravos, a exposição exibe fortes imagens enquanto era membro da Agência Magnum. As mais de 50 fotografias ficaram guardadas pelos últimos 50 anos.

10 anos de guerras sem fim. O trabalho do premiado fotógrafo e cinegrafista paraense Gabriel Chaim, que há uma década se dedica a documentar guerras e crises humanitárias no Oriente Médio, na Europa e na África, ganha sua primeira retrospectiva. O lançamento do livro “Gabriel Chaim: 10 anos de guerras sem fim”, da editora Vento Leste, e a abertura da exposição homônima, trazem ao público um conjunto de imagens que sintetizam a trajetória e as visões do fotógrafo de conflitos recentes ou em curso na Síria, no Iêmen, na Líbia, na Armênia, no Iraque e na Ucrânia. Curadoria do jornalista Fernando Costa Netto.

Encontros. A baiana Thereza Eugênia frequentava as rodas culturais mais ativas no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1980. Sua amizade com o produtor musical Guilherme Araújo e diversos artistas lhe permitiram, a princípio como um hobby, fotografar as estrelas em momentos dos mais variados. A exposição retrata figuras muito conhecidas do grande público em situações comuns do dia a dia. Nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Gal Costa, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Djavan, Gonzaguinha, Zezé Motta, Roberto Carlos estão na exposição. 

Mulheres na frente e por trás das câmeras. O Museu da Imagem e do Som tem o acervo com a maior quantidade de itens entre todos os museus da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, somando mais de 250 mil; somente a coleção fotográfica conta com aproximadamente 140 mil exemplares, com imagens produzidas desde o século 19 até o ano de 2023, e continua em constante atualização com novas incorporações. Desse mosaico de imagens realizadas não só em períodos, mas em suportes diferentes e com temas mais diversificados ainda, a exposição destaca quatro nomes: a inglesa radicada no Brasil Maureen Bisilliat, a cubana Maria Eugenia Haya (Marucha), a paulistana Lucila Wroblewski e a sérvia radicada no Brasil Gordana Manić. Elas oferecem um panorama da representação feminina na coleção. São mulheres que nos dão uma perspectiva multigeracional e multiétnica da produção fotográfica da década de 1960 até o final da primeira década dos anos 2000.

Como a história foi contada. Adentrando a “era de ouro” do fotojornalismo (que contempla o período que cerca as Guerras Mundiais), esta exposição exibe dezenas de imagens da Coleção Allan Porter, cedidas ao MIS por Wulf Rössler. O fotojornalista Allan Porter, falecido em 2022, resguardou aproximadamente três mil negativos, cromos, ampliações em papel fotográfico e papel japonês de diversos fotógrafos que tiveram seus trabalhos publicados durante os 15 anos em que ele esteve à frente da Revista Camera (1966 – 1981). Foram selecionadas mais de 60 fotografias de momentos históricos ao redor do mundo dentro desse recorte temporal, muitas delas ganhadoras do aclamado prêmio Pulitzer.

Infravermelho, uma realidade oculta. O público do MIS passará a enxergar com outros olhos paisagens ora cotidianas da cidade e estado de São Paulo. Por meio do uso da tecnologia infravermelho aplicada a fotografias, o artista Bruno Mathias passa a revelar um universo onírico e por vezes distópico. A exposição é a segunda mostra de 2024 do projeto Nova Fotografia do MIS, que seleciona novos talentos da fotografia nacional por meio de convocatória anual.

Uma rua chamada cinema. Com curadoria de João Kulcsár, Sergio Poroger convida a embarcar em uma jornada imagética pelo universo do cinema de rua, onde cada esquina nos conduz a novas aventuras, revela alguns segredos e nos transporta para o fascinante universo paralelo da sétima arte. Em cada clique, o fotógrafo revela sua paixão e reverência pela sétima arte. Suas fotografias retratam não apenas os espaços físicos, mas também as pessoas que trabalham incansavelmente nos bastidores para que um filme ganhe vida numa sala de cinema, desde os bilheteiros até os projetistas, passando pelos vendedores de pipoca.

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