Fisioterapia pode ser aliada na qualidade de vida do diabético
A fisioterapia pode se tornar uma grande aliada na vida do diabético que muitas vezes apresenta problemas articulares e cardiovasculares. O Diabetes Mellitus é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue (hiperglicemia). A alteração pode ocorrer devido ao pâncreas não conseguir produzir a quantidade de insulina (hormônio que controla a quantidade de açúcar no sangue) suficiente para suprir as necessidades do organismo. A falta desta substância ou uma falha na sua ação resulta no acúmulo de glicose no sangue e pode causar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Se não tratado, o diabetes causa insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, complicações cardiovasculares como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto.
“O fisioterapeuta irá trabalhar em busca da manutenção e da reabilitação das condições motoras, prevenindo e tratando todos os componentes do movimento humano necessário à maior funcionalidade do paciente”, comenta o fisioterapeuta Giuliano Martins, proprietário do ITC Vertebral Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo. “Ele poderá avaliar e intervir com os diferentes sistemas e subsistemas do organismo tegumentar (pele), sensitivo, de coordenação e do equilíbrio postural que podem ser afetados”.
Segundo Martins, que é diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna), o profissional também pode atuar de forma preventiva às úlceras (lesões superficiais que ocorrem no tecido cutâneo ou mucoso e geralmente aparecem nos pés), amputações, alterações posturais e de funcionalidades e encurtamento musculares: “É importante não permitir que o diabético se torne inativo. As atividades físicas ajudam a enfrentar as dificuldades e limitações decorrentes da doença”.
A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, mostra que a patologia atinge 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres apresentam maior proporção da doença do que os homens (5,4 milhões são mulheres e 3,6 milhões são homens). Os percentuais de prevalência por faixa etária são: 0,6% entre 18 a 29 anos; 5% de 30 a 59 anos; 14,5% entre 60 e 64 anos e 19,9% entre 65 e 74 anos. Para aqueles que tinham 75 anos ou mais de idade, o percentual foi de 19,6%.
Existem alguns tipos de diabetes, entre eles os mais comuns como o tipo 1: conhecido como insulinodependente, onde os pacientes necessitam de aplicações diárias de insulina, pois seu corpo já não produz mais insulina ou é insuficiente. No tipo 2, o organismo gera insulina normalmente, entretanto o corpo se torna resistente à ação do hormônio e as taxas de açúcar no sangue aumentam. Há também o diabetes gestacional, o qual a taxa de glicose do sangue durante a gravidez são elevadas, principalmente quando ocorre um aumento de peso. Após o parto, os níveis de glicose voltam ao normal.
O ITC Vertebral Ribeirão Preto atende pacientes que possuem diabetes. Martins ressalta a importância deste trabalho na qualidade de vida. “Todos relatam que as atividades que desenvolvemos complementam o tratamento médico e que ficam muito mais dispostos após o acompanhamento. Esses depoimentos são, sem dúvidas, muito gratificantes”, conclui Martins.
Fundado pelo fisioterapeuta Helder Montenegro, presidente da ABRColuna e reconhecido como um dos maiores especialistas em tratamento de coluna no Brasil, o Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral iniciou suas atividades em 2005, em Fortaleza (CE). Em apenas dois anos foram mais de 700 pacientes tratados, com êxito, pelo método RMA. Tais resultados alcançaram grande projeção e o ITC Vertebral passou a receber pacientes de todo o Brasil. Com o aumento da demanda, o ITC Vertebral decidiu formatar a primeira franquia em fisioterapia do país e, em 2007, deu início à uma expansão que já contabiliza 72 unidades no país. Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por exemplo, já contam com mais de uma unidade do instituto.