Edição 367 Agosto 2025
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Domingo, 05 De Outubro De 2025
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Publicado em 29/08/2025 - 7:25 am em | 0 comentários

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Federação lança guia para empresários trocarem iFood pela concorrência

Fhoresp também sugere a criação de plataforma própria de entrega

Federação lança guia para empresários trocarem iFood pela concorrência

A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) lançou guia com orientações para empresários criarem meios próprios para a oferta de delivery aos clientes, disponível em www.fhoresp.com.br/como-mobilizar-outros-empresarios-do-seu-bairro-para-sair-juntos-do-ifood. A estratégia visa driblar o iFood, num momento em que concorrentes começam a desbravar o mercado. 99Food e Rappi já estão em operação, enquanto a Keeta se prepara para, em breve, também prestar o serviço de entrega.

A Fhoresp tem uma lista de queixas contra o iFood, como cobranças de taxas abusivas, manipulação do algoritmo de busca, promoções que lesam fornecedores e a aceitação de cadastro de estabelecimentos informais, além de deter, até poucos dias atrás, o domínio comercial total do setor.

O delivery no Brasil deve atingir US$ 21,18 bilhões em 2025, com projeção de US$ 27,81 bilhões em 2029, segundo a base de dados Statista. Somente o iFood tem 55 milhões de usuários e abocanha, com folga, a maior fatia do mercado.

O jogo, porém, está virando com a ofensiva da Rappi e o retorno de operação da 99Food, neste mês. Ambas adotaram estratégias para atrair novos estabelecimentos, como taxa zero de credenciamento nos primeiros anos. A chinesa Keeta, da Meituan, deve dar início às operações em novembro deste ano e acirrar ainda mais a disputa entre as plataformas de entrega.

Uma das sugestões da entidade a criação de aplicativo ou meio de entrega próprio que canalize até 70% dos pedidos e distribua 30% entre as gigantes do delivery. Outra alternativa é a organização de uma cooperativa de entrega, com direito a treinamento de equipe e prática de taxas competitivas.

De acordo com o diretor-executivo da Federação, Edson Pinto, as propostas que abarca o guia proporcionam maior autonomia aos estabelecimentos: “O delivery corresponde à fatia importante de vendas. Pensando nisso, passamos a estimular os estabelecimentos a criarem suas próprias plataformas, ou migrarem para a concorrência, como a 99Food e a Rappi, que já estão oferecendo condições melhores. Também precisamos aguardar a chegada da Keeta para analisar qual melhor opção”.

Não de hoje, a Fhoresp vem denunciando práticas consideradas abusivas do iFood, como taxas de até 27% sobre o produto. Para Edson, isso poderia ser evitado, caso o Brasil já tivesse regulamentado o funcionamento das Big Techs: “Essa ausência de regulamentação e de fiscalização tem causado danos aos empresários do nosso setor e aos consumidores. O iFood exagera, não dialoga e prejudica o mercado. Resumindo: faz o que quer”.

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