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Publicado em 12/11/2020 - 7:11 am em | 0 comentários

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Construtoras e arquitetos investem em projetos com tecnologia assistiva

Elevador de piscina movido a energia solar

Construtoras e arquitetos investem em projetos com tecnologia assistiva

As vendas de piscina durante a pandemia aumentaram 70% e, em sintonia com essa demanda, também cresceram os projetos com tecnologia assistiva. Adaptando-se ao cenário, a Planeta Acessível, que fabrica produtos de acessibilidade, criou o elevador de piscina movido a energia solar, que previne quedas e acidentes domésticos nas áreas de lazer.

De acordo com projeções da Coherent Market Insights, o mercado global de tecnologia assistiva vai movimentar US$ 26 bilhões até 2024, quase o dobro dos US$ 14 bilhões em 2015. A Organização Mundial de Saúde também é otimista e estima que 2 bilhões de pessoas irão consumir algum tipo desses produtos até 2030. No Brasil, mais de 45 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, incluindo a motora, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somam-se a esses números os idosos que, segundo o último censo, representam 13,5% da população brasileira, totalizando 28 milhões de pessoas acima de 60 anos.

O Brasil está em segundo lugar no mercado de piscinas no ranking mundial, com mais de dois milhões de unidades instaladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins (Anapp).

Tomar um banho de piscina em casa ou no prédio onde mora, praticar natação por esporte ou mesmo como atividade de reabilitação motora, nem sempre é uma ação simples para as pessoas que possuem alguma restrição motora temporária ou permanente.

Com o intuito de dar mais independência, autonomia e qualidade de vida às pessoas, a Planeta Acessível criou o MOBlife, uma linha de elevadores de transferência para a piscina, movido a energia solar e que dispensa o uso de cabos e fiações externas. O equipamento oferece mais autonomia para o usuário entrar e sair da água, com botão acoplado na própria cadeira e também na base, e é tendência em parques aquáticos, clínicas de fisioterapia, centros de reabilitação, hotéis, pousadas, spas e casas. Ele é fácil de instalar e possui alta resistência.

Para o CEO da Planeta Acessível, Marcelo Costa, tornar espaços de lazer acessíveis a todos os públicos é mais que uma simples obra. “Crianças, idosos e portadores de necessidade especial exigem atenção redobrada. A demanda na pandemia aumentou. Vendemos cerca de 300 mil itens e estimamos um faturamento de R$ 22 milhões para 2021”, contou Costa, que incluiu no planejamento do próximo ano a porcentagem de 2% das vendas do elevador de piscina para projetos inclusivos.

Pesquisa realizada pela USP, 29% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente, sendo que neste período de pandemia e isolamento social, o índice chegou a 30%. Segundo balanço do CEO, entre os itens mais adquiridos, além do elevador da piscina, estão a barra de apoio, alarme audiovisual, banco articulado para banho, fechadura acessível e fita antiderrapante para banho: “Há uma procura significativa desses produtos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais”.

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