Construção criou 112 mil empregos em 2020, um aumento de 5,18%
A indústria da construção brasileira fechou 43.032 empregos em dezembro, depois de seis meses de abertura de novas vagas. Ainda assim, o saldo entre admissões e demissões no setor no acumulado do ano encerrou positivo. De janeiro a dezembro, a construção criou 112.174 vagas, um aumento de 5,18%. Foi novamente o setor que gerou o maior número de empregos nestes 12 meses, seguido pela indústria (+95.588 vagas), agropecuária (+61.637), comércio (+8.130) e serviços (-132.584).
Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados ontem pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, o Sindicato da Construção, “como costuma ocorrer sazonalmente, o emprego na construção cai em dezembro. A tendência é o setor retomar o ritmo das contratações a partir de janeiro, com o início das novas obras já contratadas. Considerada essencial desde o início da pandemia, a construção seguirá em plena atividade, com rigorosa observância dos protocolos sanitários nos canteiros de obras”.
Ao final de dezembro, a construção empregava 2.279.099 trabalhadores com carteira assinada no país. Já o saldo entre admissões e demissões entre todos os setores da atividade econômica no país resultou no fechamento de 67.906 empregos em dezembro. Mesmo assim, pela segundo mês consecutivo desde o início da pandemia, houve um saldo positivo no acumulado do ano: a abertura de 142.690 vagas.
Das vagas encerradas pela construção em dezembro, 4.194 registraram-se no Estado de São Paulo. Além de São Paulo, os Estados que mais empregos fecharam no setor no mês foram Minas Gerais (6.906), Pará (4.147), Bahia (3.443), Paraná (3.624), Santa Catarina (2.971), Goiás (2.506) e Rio de Janeiro (2.254).
O SindusCon-SP é a maior associação de empresas da indústria da construção na América Latina. Congrega 850 construtoras associadas e representa as cerca de 50 mil empresas de construção residencial, industrial, comercial, obras de infraestrutura e habitação popular, localizadas no estado de São Paulo. Tem sede na capital paulista, e representações em nove regionais e uma delegacia nos principais municípios do Interior. A construção paulista representa 27,6% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 4% do PIB brasileiro.