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Publicado em 7/10/2021 - 7:25 am em | 0 comentários

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Campanha promove a qualidade de vida e longevidade do idoso

Programação encerra domingo pelas redes sociais

Campanha promove a qualidade de vida e longevidade do idoso

Outubro também é mês dedicado ao bem-estar idoso e, graças aos avanços da medicina, essa população está cada vez maior e a tendência é só aumentar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050 a proporção de pessoas com 60 anos ou mais deve atingir a marca de 2 bilhões, enquanto a de pessoas acima dos 80 ultrapassará 400 milhões.

Por isso, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CCF), por meio do Departamento de ORL Geriátrica, lançou a campanha “O tempo passa e o cuidado aumenta”, com o objetivo de despertar a atenção da população para os principais problemas otorrinolaringológicos que podem afetar a vida e autonomia do idoso e incentivar a busca por avaliação médica.

A programação acontece durante a Semana de Otorrinogeriatria, que encerra domingo, e está sendo divulgada pelos canais oficiais no Instagram e Facebook @otorrinoevoce.

Confira abaixo os quatro principais cuidados otorrinolaringológicos para a saúde do idoso:

É possível prevenir e evitar as quedas. Você sabia que a tontura é um problema muito comum nesta faixa etária e pode causar queda do idoso? São muitas causas possíveis, como reação a muitos medicamentos, consumo excessivo de café ou álcool, alimentação e hidratação inadequadas… A perda de audição e o zumbido podem se somar ao quadro. Além de afetar o aspecto emocional, com a percepção da perda da autonomia, os idosos podem sofrer fraturas cirúrgicas de difícil recuperação, com grave transtorno ao seu estado geral.

A questão do equilíbrio do idoso deve ser levada a sério e investigada. Com o diagnóstico realizado pelo otorrinolaringologista e tratamento adequado, é possível prevenir e evitar as quedas, proporcionando uma melhor condição de vida e bem-estar do idoso.

Sono não reparador. Uma noite mal dormida vai além da sonolência diurna: pode ocasionar tropeços, quedas e até acidentes de automóvel (pela falta de reflexos). Além de criar uma rotina para dormir, com horários regrados, alimentação balanceada e uso controlado das tecnologias (como smartphones e TVs), é preciso investigar as causas do sono não reparador.

A Medicina do Sono é uma área de atuação – e a otorrinolaringologia é uma das especialidades médicas que podem contribuir com essa investigação. Nos idosos, o ronco pode ser um alerta para a apneia obstrutiva do sono, além dos idosos que apresentam insônia (falta de sono) ou hipersonia (sono excessivo).

Comunicação: a base de tudo. Os distúrbios decorrentes da dificuldade de comunicação isolam o idoso, impedem sua socialização e convivência afetiva com família e amigos. Eles são diversos: perda auditiva no idoso (presbiacusia), o envelhecimento natural da voz (presbifonia), dificuldade em se expressar. Soma-se a esses fatores a dificuldade de engolir e engasgos relacionados ao envelhecimento das estruturas e funções da laringe (presbifagia), gerando insegurança nas atividades sociais. Por meio de investigação e tratamento adequado, é possível proporcionar a melhoria da vida do idoso.

Alterações no olfato e paladar. O olfato é fundamental para a segurança de uma pessoa, ainda mais para o idoso. Aumenta, por exemplo, o risco de acidentes, por não sentir cheiro de fumaça ou escapamento de gás. E com a perda de paladar, pode-se ingerir alimentos deteriorados, gerando intoxicação alimentar, além do uso excessivo de sal e temperos por não sentir o sabor dos alimentos, aumentando o risco de hipertensão e irritação gástrica.

Não é apenas a Covid-19 que causa alteração do olfato e paladar. O idoso pode ter queixa olfatória por diversos problemas nasais, mas, principalmente, se sabe que este é um sinal de doenças neurológicas degenerativas, como Parkinson e Alzheimer, em fase precoce, onde há melhor resposta a medicamentos específicos. Uma investigação com o otorrino pode ser fundamental.

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