Edição 358 Novembro 2024
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Quarta, 04 De Dezembro De 2024
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Publicado na Edição 325 Fevereiro 2022

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Projeto visa recuperar Mata Atlântica

Serão aplicadas diferentes metodologias para reflorestar o Parque do Jurupará

Projeto visa recuperar Mata Atlântica

O Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica (CBMA) do Legado das Águas, no Vale do Ribeira, em São Paulo, está realizando projeto de reflorestamento no Parque Estadual do Jurupará, em Ibiúna, no interior do estado. Em parceria com a Iniciativa Verde (The Green Initiative), o CBMA do Legado realizará a recuperação de uma área de aproximadamente 164 hectares do Jurupará. O projeto de reflorestamento faz parte do Programa Nascentes, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do governo do estado, que visa otimizar investimentos públicos e privados para o cumprimento de obrigações legais de compensação de emissões de carbono, redução da pegada hídrica ou para a implantação de projetos voluntários de restauração.

O Parque Jurupará possui 26 mil hectares e é administrado pela Fundação para Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo. Importante para a conectividade entre áreas remanescentes de Mata Atlântica, o parque conta com grandes áreas que necessitam de restauração florestal. Nessas áreas, há fragmentos de até 19 hectares (o equivalente a 19 campos de futebol) de espaços desmatados e que precisam ser restaurados, além de pontos que irão receber enriquecimento com o plantio de mudas nativas e controle de espécies exóticas invasoras.

Serão aplicadas diferentes metodologias para recuperar a mata, como manejo de exemplares de espécies exóticas invasoras, enriquecimento da floresta, plantio direto de mudas, semeadura de espécies vegetais nativas, adubação verde e condução de regeneração de plantas.

A ação foi dividida em fases, ao longo de quatro anos. A primeira etapa já está em andamento desde julho de 2021, com plantio de área piloto de 5 hectares. No período entre a última semana de dezembro de 2021 e a terceira semana de janeiro, foi feito o plantio de maior extensão, com a implantação em área com cerca de 10 hectares, parte com plantio de mudas e parte com semeadura direta.

“Proporcionar a recomposição de áreas degradadas requer alguns cuidados, como a análise do entorno e a especificação da vegetação original do local, conhecida como bioma”, explica Maria Angélica Szymanski de Toledo, coordenadora do Centro de Biodiversidade do Legado e responsável técnica pelo projeto de reflorestamento do Jurupará: “Nossa equipe buscou, em nosso Centro de Biodiversidade, as espécies ideais para iniciar a recuperação da área, mantendo as características da vegetação. O plantio das árvores é uma das metodologias adotadas por nossa equipe para a recuperação de florestas, proporcionando um primeiro recobrimento da área exposta”.

Além de crescer e sombrear o solo, preparando-o para a germinação das próximas espécies, as árvores plantadas incentivam a visitação de animais, que, por sua vez, contribuem com a distribuição de sementes e, consequentemente, com mais diversidade para a floresta.

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