Assertividade na obra
Tradicionalmente medido manualmente, através de testes que demandam tempo e desperdiçam matéria-prima, a cura do concreto está na mira de empresas que desenvolvem tecnologias para o setor da construção. Para garantir mais agilidade na concretagem em diferentes tipos de obras, garantindo a durabilidade e eficiência do material, surgem os sensores, como o Gaia 200. O sistema foi desenvolvido pela companhia dinamarquesa Maturix e é comercializado no Brasil pela Camargo Química. Ele é composto por sensores captadores ao longo do ambiente a ser concretado, que enviam informações ao software, e a concretagem é acompanhada em tempo real, sem que haja a necessidade de teste anterior. Fábio Camargo, CEO da Camargo Química, explica que essa é uma evolução para o segmento, já que proporciona agilidade nesta etapa da obra, garantindo dados confiáveis e mais assertivos sobre a produção do concreto: “Com o sistema Gaia 200, o cliente pode acompanhar, inclusive remotamente, os dados, já que se trata de uma solução móvel. Todas as informações ajudam a entender e agilizar cada etapa da concretagem, aplicando as ações mais adequadas para cada tipo de obra”. Outro fator positivo do sistema é que ele elimina a discrepância de dados entre laboratório e canteiro de obras, garantindo avaliação real sobre a resistência e as condições ideais do concreto.
O Gaia 200 é baseado no conceito de Internet das Coisas (IoT), cada vez popular no canteiro de obras, contribuindo para reduzir o desperdício na construção civil, e podendo alterar de forma significativa o resultado operacional das empresas, já que estudos da USP apontam que o desperdício via perdas materiais chega a 8% do custo total de uma obra.